Gerenciamento
de Resíduos Sólido
O Gerenciamento
Integrado de Resíduos Sólidos
Gerenciar resíduos sólidos de forma integrada, consiste num conjunto
articulado de ações normativas,operacionais, financeiras e de planejamento, que
uma administração municipal desenvolve, baseado em critérios sanitários,
ambientais e econômicos para coletar, tratar e dispor os resíduos sólidos de
uma cidade, e um gerenciamento eficaz consiste naquele que completa o uso de
práticas administrativas de resíduos, com manejo seguro e efetivo e com o
mínimo de impactos sobre a saúde pública e o meio ambiente, pois a
administração pública municipal é responsável pelo gerenciamento dos resíduos
sólidos urbanos e os outros tipos de resíduos sólidos são de responsabilidade
do seu gerador, mas o gerenciamento
Integrado de Resíduos
Sólidos Urbanos é,
em síntese, o envolvimento de diferentes órgãos da administração pública e da
sociedade civil com o propósito de realizar a limpeza urbana, a coleta, o
tratamento e a disposição final do lixo, elevando assim a qualidade de vida da
população e promovendo o asseio da cidade, levando em consideração as
características das fontes de produção, o volume e os tipos de resíduos para
a eles ser dado tratamento diferenciado e disposição final técnica e econômicas
dos cidadãos e as peculiaridades demográficas, climáticas e urbanísticas
locais.
Para tanto, as
ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento que envolve a
questão devem se processar de modo articulado, segundo a visão de que todas as
ações e operações envolvidas encontram-se interligadas, comprometidas entre si.
Para além das
atividades operacionais, o gerenciamento integrado de resíduos sólidos destaca
a importância de se considerar as questões econômicas e sociais envolvidas no
cenário da limpeza urbana e, para tanto, as políticas públicas locais ou não
que possam estar associadas ao gerenciamento do lixo, sejam elas na área de
saúde, trabalho e renda, planejamento urbano etc.
Em geral,
diferentemente do conceito de gerenciamento integrado, os municípios costumam
tratar o lixo produzido na cidade apenas como um material não desejado, a ser
recolhido, transportado, podendo, no máximo, receber algum tratamento manual ou
mecânico para ser finalmente disposto em aterros.
Trata-se de uma
visão distorcida em relação ao foco da questão social, encarando o lixo mais
como um desafio técnico no qual se deseja receita política que aponte
eficiência operacional e equipamentos especializados.
O gerenciamento
integrado focaliza com mais nitidez os objetivos importantes da questão, que é
a elevação da urbanidade em um contexto mais nobre para a vivência da
população, onde haja manifestações de afeto à cidade e participação efetiva da
comunidade no sistema, sensibilizada a não sujar as ruas, a reduzir o descarte,
a reaproveitar os materiais e reciclá-los antes de encaminhá-los ao lixo.
Por conta desse
conceito, no gerenciamento integrado são preconizados programas da limpeza
urbana, enfocando meios para que sejam obtidos a máxima redução da produção de
lixo, o Agenda 21, capítulo 21 máximo reaproveitamento e reciclagem de
materiais e, ainda, a disposição dos resíduos de forma mais sanitária e
ambientalmente adequada, abrangendo toda a população e a universalidade dos
serviços. Essas atitudes contribuem significativamente para a redução dos
custos do sistema, além de proteger e melhorar o ambiente.
O gerenciamento
integrado, portanto, implica a busca contínua de parceiros, especialmente junto
às lideranças da sociedade e das entidades importantes na comunidade, para
comporem o sistema.Também é preciso identificar as alternativas tecnológicas
necessárias a reduzir os impactos ambientais decorrentes da geração de
resíduos, ao atendimento Políticas, sistemas e arranjos de parceria diferenciados
deverão ser articulados para tratar de forma específica os resíduos
recicláveis, tais como o papel, metais, vidros e plásticos; resíduos orgânicos,
passíveis de serem transformados em composto orgânico, para enriquecer o solo
agrícola; entulho de obras, decorrentes de sobra de materiais de construção e
demolição, e finalmente os resíduos provenientes de estabelecimentos que tratam
da saúde.
Esses materiais
devem ser separados na fonte de produção pelos respectivos geradores, e daí
seguir passos específicos para remoção, coleta, transporte, tratamento e
destino correto. Conseqüentemente, os geradores têm de ser envolvidos, de uma
forma ou de outra, para se integrarem à gestão de todo o sistema.
Finalmente, o
gerenciamento integrado revela-se com a atuação de subsistemas específicos que
demandam instalação, equipamentos, pessoal e tecnologia, não somente disponíveis
na prefeitura, mas oferecidos pelos demais agentes envolvidos na gestão, entre
os quais se enquadram:
* a própria
população, empenhada na separação e acondicionamento diferenciado dos materiais
recicláveis em casa;
* os grandes
geradores, responsáveis pelos próprios rejeitos;
* os catadores,
organizados em cooperativas, capazes de atender à coleta de recicláveis
oferecidos pela população e comercializá-los junto às fontes de beneficiamento;
* os
estabelecimentos que tratam da saúde, tornando-os inertes ou oferecidos à
coleta diferenciada, quando isso for imprescindível;
* a prefeitura,
através de seus agentes, instituições e empresas contratadas, que por meio de
acordos, convênios e parcerias exercem, é claro, papel protagonista no gerenciamento
integrado de todo o sistema.
A coleta de lixo ou
resíduos nas cidades é um serviço público a cargo das prefeituras municipais ou
de empresas especializadas contratadas para essa finalidade, no Brasil, segundo
estatísticas do IBGE, de 1999, cada habitante
produz uma quantidade média diária de 500 gramas de lixo, e
esse material é direcionado para aterros sanitários, usinas de compostagem,
incineradores ou reciclagem, mas atualmente por falta incentivos e melhorias do governo a grande
maioria do lixo produzido vai parar em aterros sanitários e em lixões que são o
lugar mais comun para o destino, que sem o minímo tratamento (caso dos lixões)
terminam afetando até os lençõis freáticos e consequentemente os seres vivos e
a flora.
Coleta Seletiva
Implantando a coleta
seletiva
Principais formas de
coleta seletiva
·
Alguns
tipos de pilhas e baterias de celular;
·
Isopores
(esferovite);
·
Óleos
vegetais e minerais usados;
·
Lâmpadas
fluorescentes;
·
Caixas
e embalagens compostas de papéis metalizados e plastificados (como as de longa vida)
·
Pneus
·
Garrafas
PET
·
Entulho
(construção civil e demolição)
Os
bairros que possuem a Coleta Seletiva Solidária atualmente são:
Bairro
|
Dia da coleta
|
Horário
|
Famílias Beneficiadas
|
Bela Vista
|
Segunda-Feira
|
Diurno
|
2156
|
Bom Clima Fase I
|
Quarta-Feira
|
Noite
|
500
|
Bom Clima Fase II
|
Segunda-Feira;
|
Noite
|
500
|
Inocoop
|
Quarta-Feira
|
Diurno
|
1735
|
Maria Dirce
|
Sexta-Feira
|
Diurno
|
1940
|
Monte Carmelo
|
Sábado
|
Diurno
|
1334
|
Presidente Dutra
|
Sexta-Feira
|
Diurno
|
2685
|
Vila Barros
|
Terça-Feira
|
Diurno
|
2096
|
Vila Carmela
|
Segunda-feira
|
Diurno
|
1448
|
Vila Fátima
|
Quinta-Feira
|
Diurno
|
1311
|
Resultados da coleta
seletiva
Ambientais
Os maiores beneficiados por esse sistema são o meio ambiente e a saúde da população. A reciclagem de papéis, vidros, plásticos e metais - que representam em torno de 40% do lixo doméstico - reduz a utilização dos aterros sanitários, prolongando sua vida útil. Se o programa de reciclagem contar, também, com uma usina de compostagem, os benefícios são ainda maiores. Além disso, a reciclagem implica uma redução significativa dos níveis de poluição ambiental e do desperdício de recursos naturais, através da economia de energia e matérias-primas.
Econômicos
A coleta seletiva e reciclagem do lixo doméstico apresentam, normalmente, um custo mais elevado do que os métodos convencionais. Iniciativas comunitárias ou empresariais, entretanto, podem reduzir a zero os custos da prefeitura e mesmo produzir benefícios para as entidades ou empresas. De qualquer forma, é importante notar que o objetivo da coleta seletiva não é gerar recursos, mas reduzir o volume de lixo, gerando ganhos ambientais.
Políticos
Além de contribuir positivamente para a imagem do governo e da cidade, a coleta seletiva exige um exercício de cidadania, no qual os cidadãos assumem um papel ativo em relação à administração da cidade. Além das possibilidades de aproximação entre o poder público e a população, a coleta seletiva pode estimular a organização da sociedade civil.
Transporte de lixo
O caminhão de lixo é o veículo que faz o transporte dos produtos não aproveitados pela população urbana da maior parte das cidades do mundo.
Os veículos normalmente indicados para as atividades de coleta de lixo domiciliar são caminhões com carrocerias compactadoras ou Caminhão compactador, proporcionam maior economia de combustível e espaço de armazenamento, na medida em que podem transportar uma quantidade maior de lixo além de serem dotados de dispositivos hidráulicos e outras tecnologias, e para segurança dos trabalhadores alguns possuem câmeras de televisão na parte traseira com monitor na cabine do motorista.
Já pra o transporte de lixo e resíduos hospitalares é indicado o revestimento de proteção em fibra asséptico, já que é uma solução que atende as principais características de segurança e qualidade para o transporte de cargas que geram algum tipo de resíduo que necessitem de lavagem ou materiais infectocontagiosos e o revestimento pode ser aplicado em veículos utilitários de pequeno a grande porte, carretas e baús para transporte de grandes volumes, os materiais utilizados no revestimento em fibra asséptico (fiberglass e EPS [Isopor®]) são aprovados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e atendem aos requisitos da Portaria CVS 06/99. Os kits de revestimento são padronizados por modelos de veículos (utilitários furgões).
No Brasil, a coleta de lixo é feita manualmente através dos coletores de lixo (popularmente conhecidos como coletores ou garis), e estes ficam em grupos de duas ou três pessoas que vão em pé atrás do caminhão sobre o estribo, descendo somente na frente das casas para pegar o lixo das lixeiras, há caminhões para o transporte de lixo doméstico em comunidades e estes caminhões comprimem o lixo e esmaga os resíduos num primeiro momento, o que pode reduzir consideravelmente o volume e o tamanho do lixo e desse jeito ajuda na coleta de resíduos e na eficiência do transporte.
ALGUNS BENEFÍCIOS DA COLETA
SELETIVA:
Menor redução de
florestas nativas.
Reduz a extração dos recursos naturais.
Diminui a poluição do solo, da água e do ar.
Economiza energia e água.
Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo.
Conserva o solo. Diminui o lixo nos aterros e lixões.
Prolonga a vida útil dos aterros sanitários.
Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias.
Diminui o desperdício.
Melhora a limpeza e higiene da cidade.
Previne enchentes.
Diminui os gastos com a limpeza urbana.
Cria oportunidade de fortalecer cooperativas.
Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis.
Reduz a extração dos recursos naturais.
Diminui a poluição do solo, da água e do ar.
Economiza energia e água.
Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo.
Conserva o solo. Diminui o lixo nos aterros e lixões.
Prolonga a vida útil dos aterros sanitários.
Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias.
Diminui o desperdício.
Melhora a limpeza e higiene da cidade.
Previne enchentes.
Diminui os gastos com a limpeza urbana.
Cria oportunidade de fortalecer cooperativas.
Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis.
Tratamento
Final
Resíduo
Descartado Sem Tratamento:
1º - POLUIÇÃO DO SOLO: alterando suas
características físico-químicas, representará uma séria ameaça à saúde pública
tornando-se ambiente propício ao desenvolvimento de transmissores de doenças,
além do visual degradante associado aos montes de lixo.
2º - POLUIÇÃO DA ÁGUA: alterando as
características do ambiente aquático, através da percolação do líquido gerado
pela decomposição da matéria orgânica presente no lixo, associado com as águas
pluviais e nascentes existentes nos locais de descarga dos resíduos.
3º - POLUIÇÃO DO AR: provocando
formação de gases naturais na massa de lixo, pela decomposição dos resíduos com
e sem a presença de oxigênio no meio, originando riscos de migração de gás,
explosões e até de doenças respiratórias, se em contato direto com os mesmos.
Resíduo descartado com tratamento:
A destinação final e o tratamento do lixo
podem ser realizados através dos seguintes métodos:
· Aterros sanitários (disposição no solo de resíduos domiciliares);
· Reciclagem energética (incineração ou queima de resíduos perigosos, com
reaproveitamento e transformação da energia gerada);
· Reciclagem orgânica (compostagem da matéria orgânica);
· Reciclagem industrial (reaproveitamento e transformação dos materiais
recicláveis);
· Esterilização a vapor e desinfecção por microondas (tratamento dos resíduos
patogênicos, sépticos, hospitalares).
· Reciclagem energética (incineração ou queima de resíduos perigosos, com
reaproveitamento e transformação da energia gerada);
· Reciclagem orgânica (compostagem da matéria orgânica);
· Reciclagem industrial (reaproveitamento e transformação dos materiais
recicláveis);
· Esterilização a vapor e desinfecção por microondas (tratamento dos resíduos
patogênicos, sépticos, hospitalares).
OBS.-Programas educativos ou processos industriais que tenham como
objetivo a redução da quantidade de lixo produzido, também podem ser
considerados como formas de tratamento.
Aterros Sanitários
Esclarecemos inicialmente que existe uma enorme diferença operacional,
com reflexos ambientais imediatos, entre Lixão e Aterro Sanitário.
O Lixão representa o que há de mais primitivo em termos de disposição
final de resíduos. Todo o lixão coletado é transportado para um local afastado
e descarregado diretamente no solo, sem tratamento algum.
Assim, todos os efeitos negativos para a população e para o meio
ambiente, vistos anteriormente, se manifestarão. Infelizmente, é dessa forma
que a maioria das cidades brasileiras ainda "trata" os seus resíduos
sólidos domiciliares.
O Aterro Sanitário é um tratamento baseado em técnicas sanitárias
(impermeabilização do solo/compactação e cobertura diária das células de
lixo/coleta e tratamento de gases/coleta e tratamento do chorume), entre outros
procedimentos técnico-operacionais responsáveis em evitar os aspectos negativos
da deposição final do lixo, ou seja, proliferação de ratos e moscas, exalação
do mau cheiro, contaminação dos lençóis freáticos, surgimento de doenças e o
transtorno do visual desolador por um local com toneladas de lixo amontoado.
Entretanto, apesar das vantagens, este método enfrenta limitações por
causa do crescimento das cidades, associado ao aumento da quantidade de lixo
produzido.
O sistema de aterro sanitário precisa ser associado à coleta seletiva de
lixo e à reciclagem, o que permitirá que sua vida útil seja bastante
prolongada, além do aspecto altamente positivo de se implantar uma educação
ambiental com resultado promissores na comunidade, desenvolvendo coletivamente
uma consciência ecológica, cujo resultado é sempre uma maior participação da
população na defesa e preservação do meio ambiente.
As áreas destinadas para implantação de aterros têm uma vida útil
limitada e novas áreas são cada vez mais difíceis de serem encontradas próximas
aos centros urbanos. Aperfeiçoam-se os critérios e requisitos analisados nas
aprovações dos Estudos de Impacto Ambiental pelos órgãos de controle do meio
ambiente; além do fato de que os gastos com a sua operação se elevam, com o seu
distanciamento.
Devido a suas desvantagens, a instalação de Aterros Sanitários deve
planejada sempre associada à implantação da coletiva seletiva e de uma
indústria de reciclagem, que ganha cada vez mais força.
COMPOSTAGEM
A compostagem é uma forma de tratamento biológico da parcela orgânica do
lixo, permitindo uma redução de volume dos resíduos e a transformação destes em
composto a ser utilizado na agricultura, como recondicionaste do solo. Trata-se
de uma técnica importante em razão da composição do lixo urbano do Brasil.
Pode enfrentar dificuldades de comercialização dos compostos em razão do
comprometimento dos mesmos por contaminantes, tais como metais pesados
existentes no lixo urbano, e possíveis aspectos negativos de cheiro no pátio de
cura.
INCINERAÇÃO
Este tratamento é baseado na combustão (queima) do lixo.
É um processo que demanda custos bastante elevados e a necessidade de um
super e rigoroso controle da emissão de gases poluentes gerados pela combustão.
Com o avanço da industrialização, a natureza dos resíduos mudou
drasticamente. A produção em massa de produtos químicos e plásticos torna, hoje
em dia, a eliminação do lixo por meio da incineração um processo complexo, de
custo elevado e altamente poluidor.
A incineração acaba gerando mais resíduos tóxicos, tornando-se uma ameaça para o ambiente e a saúde humana.
Os incineradores não resolvem os problemas dos materiais tóxicos presente no lixo. Na verdade, eles apenas convertem esses materiais tóxicos em outras formas, algumas das quais podem ser mais tóxicas que os materiais originais.
As emissões tóxicas, que são liberadas mesmo pelos incineradores mais modernos (nenhum processo de incineração opera com 100% de eficácia), são constituídas por três tipos de poluentes altamente perigosos: os metais pesados, os produtos de combustão incompleta e as substâncias químicas novas, formadas durante o processo de incineração.
Inúmeras organizações internacionais de defesa ambiental, inclusive o Greenpeace, defendem a implementação de estratégias e planos que promovam a redução, a reutilização e a reciclagem de matérias, produtos e resíduos. A incineração não tem lugar em um futuro sustentável.
A Convenção de Estocolmo, um tratado assinado por 151 países, inclusive o Brasil, tem o objetivo de acabar com a fabricação e utilização de 12 substâncias tóxicas, os chamados "Doze Sujos". Entre elas, estão as dioxinas e os furanos, substâncias potencialmente cancerígenas.
A Convenção classifica os incineradores de resíduos e os fornos de cimento para co-geração de energia por meio da queima de resíduos, como sendo uma das principais fontes de dioxinas, furanos e PCBs ("Polychlorinated Biphenuyls").
Além disso, recomenda o uso de tecnologias alternativas para evitar a geração desses subprodutos. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) reportou que os incineradores são a fonte de mais de 60% das emissões mundiais de dioxinas.
A incineração acaba gerando mais resíduos tóxicos, tornando-se uma ameaça para o ambiente e a saúde humana.
Os incineradores não resolvem os problemas dos materiais tóxicos presente no lixo. Na verdade, eles apenas convertem esses materiais tóxicos em outras formas, algumas das quais podem ser mais tóxicas que os materiais originais.
As emissões tóxicas, que são liberadas mesmo pelos incineradores mais modernos (nenhum processo de incineração opera com 100% de eficácia), são constituídas por três tipos de poluentes altamente perigosos: os metais pesados, os produtos de combustão incompleta e as substâncias químicas novas, formadas durante o processo de incineração.
Inúmeras organizações internacionais de defesa ambiental, inclusive o Greenpeace, defendem a implementação de estratégias e planos que promovam a redução, a reutilização e a reciclagem de matérias, produtos e resíduos. A incineração não tem lugar em um futuro sustentável.
A Convenção de Estocolmo, um tratado assinado por 151 países, inclusive o Brasil, tem o objetivo de acabar com a fabricação e utilização de 12 substâncias tóxicas, os chamados "Doze Sujos". Entre elas, estão as dioxinas e os furanos, substâncias potencialmente cancerígenas.
A Convenção classifica os incineradores de resíduos e os fornos de cimento para co-geração de energia por meio da queima de resíduos, como sendo uma das principais fontes de dioxinas, furanos e PCBs ("Polychlorinated Biphenuyls").
Além disso, recomenda o uso de tecnologias alternativas para evitar a geração desses subprodutos. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) reportou que os incineradores são a fonte de mais de 60% das emissões mundiais de dioxinas.
Os Cincos RS
Quando se fala de
resíduos sólidos, ou seja, de lixo, existem as dicas dos RS, alguns falam em 3 Rs, outros em 4 e outros em 5 Rs,
mas para falarmos com convicção temos primeiro de saber o que são os 3,4,5 Rs
eles são:
- 3 Rs: Reduzir,
Reutilizar e Reciclar.
- 4 Rs: Reduzir,
Reutilizar, Reciclar e Reintegrar.
- 5 Rs: Reduzir,
Reutilizar, Reciclar, Repensar ( ou refletir) e Recusar.
O primeiro conceito
inventado e atualmente é o mais utilizado é os 3 Rs (reduzir, reciclar e reutilizar)
e já o conceito de 4 R’s está ligado a gestão dos resíduos (reduzir,
reutilizar, reciclar e reintegrar) e nele destacamos bem a diferença entre
reciclar, reutilizar e reciclar:
Reciclar: Mandar o produto de volta para o
processamento após sua utilização, exemplo: latinha de alumínio volta para a
indústria de latinhas;
Reutilizar: Após o uso, reutilizar o produto para outro
fim, exemplo: pegar um pote de vidro vazio e usar para guardar moedas;
Reintegrar: Reintegrar o produto a natureza, ou seja,
transformá-lo novamente em um recurso natural, exemplo: compostagem de resíduos
orgânicos para fazer húmus e adubo.
Já o conceito de 5
R’s foi adaptado para favorecer processos de Educação Ambiental, pois é um
conceito mais prático e mais aplicável no nosso dia a dia como consumidores
Pois podemos levar
na prática: Reduzir,
Reutilizar(reutilizar muitas coisas e rever se tem utilidades), Reciclar(tentar
remontá-las ou achar alguma coisa que se monte com ela, existem várias idéias
inovadoras), Repensar(ver se você realmente precisa de uma coisa antes de
comprar) e Recusar(recusar coisas que você já tem ou não precisa).
Repensar
É muito importante
repensar hábitos de consumo e descarte. Será que o que você está comprando é
algo de que realmente necessita? Pense na real necessidade da compra daquele
produto, antes de comprá-lo, e depois de consumi-lo, pratique a coleta
seletiva, separando embalagens, matéria orgânica e óleo de cozinha usado e
jogue no lixo apenas o que não for reutilizável ou reciclável, evite o
desperdício de alimentos, use produtos de limpeza biodegradáveis, adquira
produtos recicláveis ou produzidos com matéria-prima reciclada, a idéia já diz
tudo repense antes de fazer as suas escolhas para que elas não prejudique, o
meio ambiente, são com pequenas atitudes que podem mudar tudo, as vezes
compramos algo por impulso e sem precisar, compramos coisas que são prejudiciais
ao meio ambiente e difícil de retorno ao meio ambiente, então se pararmos um
pouco e rever as nossas atitudes poderemos contribuir e muito.
Recusar
usando
você recusa produtos que prejudicam a saúde e o meio ambiente está contribuindo
para um mundo mais limpo, prefira produtos de empresas que tenham compromisso
com o meio ambiente e sempre fique atento às datas de validade dos produtos,
quando for ao mercado e algumas lojas recuse sacos plásticos e embalagens não
recicláveis, prefira as sacolas de plásticos e as biodegradáveis que retornam
mais rapidamente ao meio ambiente, vamos evitar comprar aerossóis e lâmpadas
fluorescentes, que contém Cfc nos casos dos aerosóis que ajudam no devastamente
da camada de ozônio e as lâmpadas fluorescentes que podem conter mercúrio que é
um metal pesado e que pode causar câncer.
Reduzir
Esta
prática significa consumir menos produtos, dando preferência aos que tenham
maior durabilidade e, portanto, ofereçam menor potencial de geração de resíduos
e de desperdício de água, energia e recursos naturais, outra prática que pode
ser feita é a dos refis. Escolha produtos com menos embalagens ou embalagens
econômicas, priorizando as retornáveis. Leve sua sacola para as compras e
adquira produtos a granel.
Reutilizar
Ao reutilizar, você estará ampliando a vida útil do
produto, além de economizar na extração de matérias-primas virgens, pois muitos
produtos depois de serem utilizados para suas funções originais podem servir
com outras coisas e se tornam enfeites, peças de decoração e etc, muitas
pessoas criam produtos artesanais a partir de embalagens de vidro, papel,
plástico, metal, cd’s, etc.
Reciclar
O
processo de reciclagem reduz a pressão sobre os recursos naturais, economiza
água, energia, gera trabalho e renda para milhares de pessoas, seja no mercado
formal ou informal de trabalho,
Exercite os quatro
primeiros Rs e, o que restar, separe para a coleta seletiva das embalagens de
vidros, plásticos, metais, papéis, longa vida, isopor, óleo de cozinha usado,
cartuchos de impressoras, pilhas, baterias, CDs, DVDs, radiografias e
alimentos, a reciclagem promove benefícios ambientais, sociais e econômicos.
Classificação
Dos Resíduos Sólidos
Os resíduos sólidos
podem ser classificados de acordo com a origem, tipo de resíduo, composição
química e periculosidade e também de acordo com a origem:
Resíduo
Hospitalar ou de Serviços
de Saúde: qualquer resto proveniente de hospitais e
serviços de saúde como pronto-socorro, enfermarias, laboratórios de análises
clínicas, farmácias, etc.. Geralmente é constituído de seringas, agulhas,
curativos e outros materiais que podem apresentar algum tipo de contaminação
por agentes patogênicos (causadores de doenças).
Resíduo
Domiciliar”: são
aqueles gerados nas residências e sua composição é bastante variável sendo
influenciada por fatores como localização geográfica e renda familiar. Porém,
nesse tipo de resíduo podem ser encontrados restos de alimentos, resíduos
sanitários (papel higiênico, por exemplo), papel, plástico, vidro, etc.
Atenção: alguns produtos que utilizamos e descartamos em casa são considerados
perigosos e devem ter uma destinação diferente dos demais, preferencialmente
para locais destinados a resíduos perigosos. Por exemplo: pilhas e baterias,
cloro, água sanitária, desentupidor de pia,
limpadores de vidro, fogão e removedor de manchas, aerossóis, medicamentos
vencidos,querosene, solventes,
etc.
-Resíduo Agrícola: são
aqueles gerados pelas atividades agropecuárias (cultivos, criações de animais,
beneficiamento, processamento, etc.). Podem ser compostos por embalagens de
defensivos agrícolas, restos orgânicos (palhas, cascas, estrume, animais
mortos, bagaços, etc.), produtos veterinários e etc.
-Resíduo
Comercial: são aqueles produzidos pelo comércio em geral. A
maior parte é constituída por materiais recicláveis como papel e papelão,
principalmente de embalagens, e plásticos, mas também podem conter restos
sanitários e orgânicos.
-Resíduo
Industrial: são originados dos processos industriais.
Possuem composição bastante diversificada e uma grande quantidade desses
rejeitos é considerada perigosa. Podem ser constituídos por escórias (impurezas
resultantes da fundição do ferro), cinzas, lodos, óleos,
plásticos, papel, borrachas, etc.
-Entulho: resultante da
construção civil e reformas. Quase 100% destes resíduos podem ser
reaproveitados embora isso não ocorra na maioria das situações por falta de
informação. Os entulhos são compostos por: restos de demolição(madeiras,
tijolos, cimento, rebocos, metais, etc.), de obras e solos de escavações
diversas.
-Resíduo Público ou de Varrição: é aquele
recolhido nas vias públicas, galerias, áreas de realização de feiras e outros
locais públicos. Sua composição é muito variada dependendo do local e da
situação onde é recolhido, mas podem conter: folhas de árvores, galhos e grama,
animais mortos, papel, plástico, restos de alimentos, etc..
-Resíduos Sólidos Urbanos:
é o nome usado para denominar o conjunto de todos os tipos de resíduos gerados
nas cidades e coletados pelo serviço municipal (domiciliar, de varrição,
comercial e, em alguns casos, entulhos).
-Resíduos de Portos, Aeroportos e
Terminais Rodoviários e Ferroviários: o lixo coletado nesses
locais é tratado como “resíduo séptico”, pois pode conter agentes causadores de
doenças trazidas de outros países. Os resíduos que não apresentam esse risco de
contaminação podem ser tratados como lixo domiciliar.
-Resíduo de Mineração:
podem ser constituídos de solo removido, metais pesados,
restos e lascas de pedras, etc.
-Resíduo hospitalar: é a classificação dada aos resíduos
perigosos produzidos dentro de hospitais, como
seringas usadas, aventais, etc. Por conter agentes causadores de doenças, este
tipo de lixo é separado do restante dos resíduos produzidos dentro de um
hospital (restos de comida, etc), e é geralmente incinerado.
Porém, certos materiais hospitalares, como aventais que estiveram em contato
com raios eletromagnéticos de alta energia como raios X, são
categorizados de forma diferente (o mencionado avental, por exemplo, é
considerado lixo nuclear), e recebem tratamento diferente.
-Resíduo
nuclear: composto por
produtos altamente radioativos, como restos de combustível nuclear, produtos hospitalares que
tiveram contato com radioatividade (aventais, papéis, etc), enfim, qualquer
material que teve exposição prolongada à radioatividade ou que possui algum
grau de radioatividade. Devido ao fato de que tais materiais continuam a emitir
radioatividade por muito tempo, eles precisam ser totalmente confinados e
isolados do resto do mundo.
De acordo com o TIPO:
- “Resíduo Não Reciclável” ou “Rejeito”:
resíduos que não são recicláveis, ou resíduos recicláveis contaminados;
De acordo com a COMPOSICÃO
QUÍMICA:
- Orgânicos: restos de alimentos, folhas,
grama, animais mortos, esterco, papel, madeira, etc.. , muita gente não sabe,
mas alguns compostos orgânicos podem ser tóxicos, são os chamados “Poluentes
Orgânicos Persistentes” (POP) e “Poluentes Orgânicos Não Persistentes”.
“Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP): hidrocarbonetos de elevado peso
molecular, clorados e aromáticos, alguns pesticidas (Ex.: DDT, DDE, Lindane,
Hexaclorobenzeno e PCB`s) , estes compostos orgânicos são tão perigosos que foi
criada uma norma internacional para seu controle denominada “Convenção de
Estocolmo”.
“Poluentes Orgânicos Não Persistentes”: óleos e óleos usados, solventes de baixo
peso molecular, alguns pesticidas biodegradáveis e a maioria dos detergentes (Ex.: organosfosforados e carbamatos).
- Inorgânicos: vidros, plásticos, borrachas, etc.
De acordo com a PERICULOSIDADE:
Essa classificação
foi definida pela ABNT na norma NBR10004:2004 da seguinte
forma:
- Resíduos Perigosos (Classe I): são aqueles que por suas
características podem apresentar riscos para a sociedade ou para o meio
ambiente. São considerados perigosos também os que apresentem uma das seguintes
características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou
patogenicidade. Na norma estão definidos os critérios que devem ser observados
em ensaios de laboratório para a determinação destes itens. Os resíduos que
recebem esta classificação requerem cuidados especiais de destinação.
- Resíduos Não Perigosos (Classe II): não apresentam nenhuma das
características acima, podem ainda ser classificados em dois subtipos:
Classe II A – não inertes: são aqueles que não se
enquadram no item anterior, Classe I, nem no próximo item, Classe II B.
Geralmente apresenta alguma dessas características: biodegradabilidade, combustibilidade
e solubilidade em água.
Classe II B – inertes: quando submetidos ao contato com
água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de
seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de portabilidade
da água, com exceção da cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G da
norma NBR10004:2004.
Caracterização
A caracterização
dos Resíduos Sólidos consiste em determinar suas principais características
físicas e/ou químicas, qualitativa e/ou quantitativamente dependendo da
abrangência e aplicação do resultado que se quer obter, pois a caracterização
deve ser feita por profissional especializado e, dependendo da complexidade, em
laboratórios de análises, para que sejam feitos testes específicos.
Para que os
resíduos sólidos sejam devidamente caracterizados deve-se conhecer sua origem,
seus constituintes e características, durante a caracterização, que é feita
seguindo padrões específicos de amostragem e testes, são determinados, por
exemplo, se um resíduo é inflamável, corrosivo, combustível, tóxico e etc.
Também são estudadas suas características físicas (granulométrica, peso,
volume, resistência mecânica, etc.) e químicas (reatividade, composição,
solubilidade e etc.).
Algumas normas
utilizadas nesse procedimento são:
ABNT NBR10004/2007
– Resíduos Sólidos – Classificação
ABNT NBR10005:2004 – Procedimento para obtenção de extrato lixiviador de resíduos sólidos
ABNT NBR10006:2004 – Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos
ABNT NBR10007:2004 – Amostragem de resíduos sólidos
ABNT NBR12808:1993 – Resíduos de Serviços de Saúde – Classificação
ABNT NBR14598:2000 – Produtos de petróleo – Determinação do ponto de fulgor pelo aparelho de vaso fechado Pensky-Martens
USEPA – SW846 – Test methods for evaluating solid waste – Physical/chemical methods
ABNT NBR10005:2004 – Procedimento para obtenção de extrato lixiviador de resíduos sólidos
ABNT NBR10006:2004 – Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos
ABNT NBR10007:2004 – Amostragem de resíduos sólidos
ABNT NBR12808:1993 – Resíduos de Serviços de Saúde – Classificação
ABNT NBR14598:2000 – Produtos de petróleo – Determinação do ponto de fulgor pelo aparelho de vaso fechado Pensky-Martens
USEPA – SW846 – Test methods for evaluating solid waste – Physical/chemical methods
Produção Limpa
Produção limpa ou produção mais
limpa é uma abordagem para a produção ecoeficiente, ela estabelece uma
metodologia chamada "do berço à cova", ou seja, os fabricantes devem
ser preocupar desde o projeto, seleção de matérias primas, processo de produção, consumo,
reutilização, reparo, reciclagem (3R) até a disposição final dos
produtos, e para tanto a logística reversa deve ser utilizada, e as principais
características de um bem produzido segundo os critérios da Produção Limpa são:
a utilização de materiais não tóxicos e reutilizáveis(para que utilizem menos
das fontes naturais e evite acúmulo de lixo), processo limpos e com baixo
consumo de energia, mínima
utilização de embalagens, fácil de montar, desmontar, consertar e reciclar e
destinação final ambientalmente adequada gerida pelo fabricante
ou seja é um conceito que reconhece que a maioria de nossos problemas
ambientais atuais como o aquecimento
global, a poluição química tóxica e a perda da biodiversidade e percebe que
eles são causados pelo modo e a velocidade com que produzimos e consumimos
recursos naturais ,e ela tenta
satisfazer as necessidades da sociedade por produtos ambientalmente
corretos, através do uso de sistemas de energia eficientes e renováveis, e
materiais que não ofereçam risco nem ameacem a biodiversidade do planeta alem
de observar como esta necessidade poderia ser mais bem satisfeita ou reduzida.
OS QUATRO
ELEMENTOS DA PRODUÇÃO LIMPA
1. Princípio da precaução
A obrigação de
provar que uma substância ou atividade não causará nenhum prejuízo ao meio
ambiente é do potencial poluidor (por exemplo, uma indústria), e a comunidades não podem ser responsabilizadas por demonstrar
que algum dano ambiental ou social será causado pela atividade industrial, esta
abordagem rejeita a avaliação quantitativa de risco ambiental na tomada de
decisão e reconhece as limitações do conhecimento científico na determinação
quanto à continuidade do uso de uma substância química ou de uma atividade
industrial, e desta forma, o princípio
defende que a ciência é importante para esclarecer e gerar informações sobre os
impactos ambientais de uma atividade industrial, mas porém, as decisões
públicas não devem envolver apenas
cientistas, uma vez que as atividades industriais também representam impactos
sociais, econômicos e culturais
2. Princípio da Prevenção
É mais barato e
mais efetivo prevenir o dano ambiental do que tentar administrá-lo ou remediar
a situação, a noção de prevenção da poluição substitui o já ultrapassado
conceito de controle da poluição, exigindo mudanças nos processos e produtos de
forma a evitar a geração de resíduos, especialmente os tóxicos, e este
princípio demanda a prática do uso
eficiente da energia bem como o uso de fontes alternativas menos poluentes
(como energia solar e eólica) para substituir a excessiva ênfase no
desenvolvimento e pesquisa de novas fontes de combustível fóssil.
3. Princípio do Controle Democrático
A Produção Limpa
envolve todos os afetados por atividades
industriais, incluindo os operários, as comunidades do entorno e os
consumidores finais, e os cidadãos devem possuir informação sobre as emissões
industriais e ter acesso aos registros de poluição, planos de redução de uso de
substâncias químicas tóxicas, bem como dados das matérias-primas dos produtos.
O Direito e acesso à informação e o envolvimento na tomada de decisão garantem
o controle democrático sobre o processo produtivo e a qualidade de vida da
população diretamente afetada e das gerações futuras.
4. Princípio da Abordagem Integrada e Holística
Os perigos e riscos
ambientais de um processo produtivo podem ser minimizados pelo rastreamento
completo do ciclo de vida de um produto
Dentre os
objetivos da Produção limpa temos:
- Aumentar a vantagem econômica e
competitiva da empresa.
- Racionalizar o uso de insumos.
- Reduzir os desperdícios.
- Minimizar a geração de resíduos,
diminuindo os impactos ambientais.
- Aumentar a competitividade, atualizando
a empresa de acordo com as exigências do mercado.
- Adequar os processos e produtos em
conformidade com a legislação ambiental.
- Permitir a obtenção de indicadores de
eficiência.
- Documentar e manter os resultados
obtidos.
- Promover e manter a boa imagem da
empresa, divulgando a ecoeficiência da produção e a qualidade dos produtos
oferecidos.
- Redução dos custos de produção e
aumento da eficiência e competitividade.
- Redução das infrações aos padrões
ambientais previstos na legislação.
- Diminuição dos riscos de acidentes
ambientais.
- Melhoria das condições de saúde
e segurança do trabalhador.
- Melhoria da imagem da empresa junto aos
consumidores, fornecedores e poder público. Ampliação das
perspectivas de mercado interno e externo.
- Acesso facilitado às linhas de
financiamento.
- Melhor
relacionamento com os órgãos ambientais, com a mídia e a comunidade.
- Redução no
consumo de matéria-prima, energia e água.
- Redução de
resíduos e emissões.
- Reuso de resíduos de processo.
- Reciclagem de resíduos.
- Redução de desperdícios (Ecodesign).
- Uso de material reciclável para novos
produtos.
- Diminuição do custo final. Redução de
riscos.
Reciclagem
A reciclagem é o termo
geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para
um novo produto, muitos
materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico,
a expressão vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).
O conceito de
reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e
ser transformado novamente em um produto igual em todas as suas
características, mas quando reciclados alguns como, por exemplo, o papel e o
vidro não voltam a ficarem 100% igual ao que eram antes, e o conceito de
reciclagem é diferente do de reutilização,
o reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um determinado
material já beneficiado em outro e a reciclagem significa transformar objetos
materiais usados em novos produtos para o consumo.
A palavra reciclagem ganhou destaque a partir do final da década
de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não
renováveis estavam se esgotando rapidamente,e a produção de embalagens e
produtos descartáveis aumentou
significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países
desenvolvidos e que havia falta de
espaço para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza, mas desde que surgiu, a reciclagem é encarada
como uma forma de solução para a diminuição de lixo no ambiente, e realmente,
veio a solucionar muitos dos problemas causados pela disposição inadequada de lixo
e pela grande quantidade gerada. Entretanto, se a reciclagem for vista apenas
neste sentido, as demais atitudes não serão atingidas, e o principal objetivo a
ser almejado na busca de soluções para o problema do lixo deve ser o da
conscientização da população, mas infelizmente, ainda não são todos os tipos de
materiais fabricados pelo homem que são possíveis de serem reciclado, isto por
que não apresentam condições favoráveis, como a existência de mercado local ou
viabilidade técnica.
Reciclagem
em Guarulhos
Guarulhos tem 1,3
milhão de habitantes e produz por dia 900 a 1000 mil toneladas de lixo por dia, com
variações entre varrições, limpeza de margem de córregos, entre outros. Desde
2007, o Instituto Recicla Cidadão realiza um trabalho de conscientização dos
guarulhenses em busca de novas atitudes quanto à coleta seletiva na cidade. O
intuito do instituto é mostrar ao poder público que é possível fazer mais pelo
município e pelo cidadão.
O primeiro bairro a
participar do programa foi o Rosa de França, em seguida o Jardim Maia e depois
o Cambará. Hoje, é possível encontrar em 22 bairros moradores participantes do
projeto. Ao todo, são 3,6 mil famílias cadastradas, considerando a média de
quatro pessoas por casa engajadas. Empresas privadas e 15 escolas também
aderiram à idéia do fundador do Recicla Cidadão, William Paneque.
Para fazer parte do projeto é preciso se cadastrar no Instituto. As informações são colhidas e o morador é cadastrado. Como símbolo do compromisso, o morador recebe uma placa que identifica que naquela casa há coleta seletiva do Recicla Cidadão. Além disso, o saco de lixo é fornecido pelo instituto, de acordo com o número de residentes e quanto lixo é produzido por eles.
Para fazer parte do projeto é preciso se cadastrar no Instituto. As informações são colhidas e o morador é cadastrado. Como símbolo do compromisso, o morador recebe uma placa que identifica que naquela casa há coleta seletiva do Recicla Cidadão. Além disso, o saco de lixo é fornecido pelo instituto, de acordo com o número de residentes e quanto lixo é produzido por eles.
O projeto engloba,
além da reciclagem, outros serviços para a comunidade, entre deles a inclusão
de formação dos catadores de lixo. "O poder público precisa saber que
esses catadores não são responsáveis pela limpeza da cidade. Eles fazem isso
porque precisam de dinheiro para se sustentar", reclama Paneque.
Outra ação é
fornecer e viabilizar cursos de capacitação para a comunidade. Exemplo disso é
a sexta turma de capacitação Amanco em técnico de hidráulica. Desde o início do
projeto, mais de 300 pessoas já se formaram no curso.
Por dia são
geradas, aproximadamente, 1.000 toneladas de lixo em Guarulhos e por mês, quase
30 mil toneladas. Já nas duas ações oficiais que fazem a coleta seletiva
(Cooperativa e Recicla Cidadão) são recolhidos 210 a 220 toneladas por mês.
No final no ano só foi recolhido 2.400 toneladas. Isso significa que nem metade
de todo o lixo produzido é separado e reciclado.
O benefício da população ao aderir ao Recicla Cidadão é pessoal. "Quem faz parte contribui com a cidade e faz sua parte. A pessoa fica confortável para cobrar um retorno do poder público porque faz o seu papel", esclarece Paneque.
O benefício da população ao aderir ao Recicla Cidadão é pessoal. "Quem faz parte contribui com a cidade e faz sua parte. A pessoa fica confortável para cobrar um retorno do poder público porque faz o seu papel", esclarece Paneque.
Em constante
crescimento, o Instituto não apenas fala o que seria bom para a população, mas
traz resultados visíveis do que é possível ser feito. "A teoria é lúdica e
prazerosa. A prática é frustrante e dolorosa". Para ele o projeto não é a
solução para o problema, mas é um sinalizador de que ainda há esperança de
conscientizar e mudar conceitos e práticas de uma sociedade.
Importância e
vantagens da reciclagem
A reciclagem de
lixo foi uma das principais soluções encontradas para a diminuição dos impactos
que o excesso de lixo que é descartado no meio ambiente causa em todo o
planeta, trazendo benefícios, gerando economia e lucros para o meio ambiente, e
com a reciclagem as pessoas deixam de estar exposto a tanto poluição, bem com
mais oportunidades de trabalho, e as empresas economizam com matérias prima,
sem contar ainda a eliminação de poluentes.
No Brasil foram
registrados os primeiros vestígios de reciclagem em 1896 quando catadores de
lixo tinham ordens para encaminhas garrafas, ferros, folhas e outros materiais
para fabricas e locais em que seriam reutilizados. Mas as preocupações em
relação aos problemas trazidos pelo lixo excessivo no meio ambiente ganharam
força em 1920 devido as aglomerações e divulgações que vinham sendo realizadas
por países estrangeiros que realizavam a reciclagem do lixo, em que de
instância o interesse era realmente ligado ao rendimento econômico que a
reciclagem resultava.
No ano de 1970 o
país viu-se mais possibilitado a realizar com maior extensão a reciclagem do
lixo, isso se deu devido ao surgimento e criação de novas ferramentas e
produtos que facilitavam a realização de cada processo para a reciclagem do
lixo, o que inclui o retorno do lixo descartado para as indústrias e fabricas
que reutilizam durante a produção de determinados produtos e serviços.
A partir dai
surgiram vários projetos e programas de incentivo a reciclagem do lixo
procurando conscientizar a população brasileira de como é danoso ao meio
ambiente e conseqüentemente a todos os seres vivos esses descarte excessivo de
lixo que é realizado diariamente e que prejudica todo o ecossistema do planeta.
Atualmente o país
gera por dia por volta de 195 milhões de kg de lixo o que resulta em
aproximadamente 55 trilhões de Kg de lixo por ano, valores que corresponde a
cerca 1,15 kg
de lixo gerado diariamente por cada brasileiro, e por essa análise dá para ver
os problemas gerados se todo esse lixo for descartado no meio ambiente, no
entanto, o país mostra-se bastante atento a essas questões e realiza a
reciclagem de grande parte do lixo, para se ter uma idéia são 94% de alumínio
reciclado; 77% de papelão reciclado; 50% de embalagens Longa Vida recicladas,
entre outros que resultam em grandes benefícios para o país, por exemplo, na
economia da energia elétrica durante a produção de produtos com matéria-prima
reciclada.
O mercado para os
recicláveis no Brasil ainda não é dos mais promissores. Entretanto, está
ampliando-se cada vez mais, temos por exemplo as embalagens tetrapak que até
alguns anos atrás, não havia tecnologia adequada para reciclá-las.
O mercado poderá
ser continuamente ampliado graças à mudança de pensamento e atitudes em relação
aos resíduos, pois se o público reivindicar mais intensamente a mudança de
atitudes por parte das autoridades e contribuir melhor com programas já
existentes, a reciclagem poderá ser mais atingida, porque existe uma
inviabilidade técnica para a reciclagem de muitos resíduos que ainda não é
possível porque estes são feitos com vários tipos de materiais ao mesmo tempo,
por exemplo, alguns produtos têm embalagens tão sofisticadas para ser um
atrativo de venda (marketing) que não é possível retirar rótulos ou separar
partes desta embalagem, e também é claro que não depende só de você para mudar
isso, mas você pode optar por outros produtos ao invés destes. Até por que,
geralmente os produtos artesanais são bem mais baratos que os
“super-industrializados” e também mais saudáveis, e outra: se a coleta seletiva
for mais bem realizada e divulgada, talvez as empresas tenham um propósito
maior em vender produtos com embalagens recicláveis (pois irão se beneficiar
economicamente, tanto por competir melhor com as que já adotam esta atitude,
como por poder ter uma fonte garantida de matéria prima).
Dentre essas vantagens temos:
A reciclagem traz a
vantagem do saneamento básico uma vez que, a coleta do lixo por catadores, bem
como sua separação feita por donas e donos de casa bem informados, evita o
descarte de lixo em lixões e em vias públicas e assim como algumas prefeituras
e empresas desentupidoras já vem nos alertando, o descarte incorreto do lixo
produz entupimentos de galerias de esgoto e pluviais, bem como poluição
ambiental.
A reciclagem também
possui o benefício social da integração de pessoas à sociedade, pois muitas
pessoas associam-se à cooperativas e passam a ter uma vida mais plena
justamente porque passam a ter contato com outras pessoas e além de se
relacionarem elas também tem vantagens econômicas pois ganham o seu dinheiro de
forma hones, pois muitos não tem acesso a escola e consequentemente não
conseguem arrumar nos empregos e entram no mundo do crime e das drogas, e agora
o Brasil disponibiliza o sistem de Microeempreendedor individual para
recicladores, o que significa que com uma contribuição de 5% do salário mínimo,
o reciclador passa a ter benefícios como aposentadoria e seguro saúde e sem
contar que existem os incentivos e apoio as cooperativas de catadores e etc.
A reciclagem reduz
a busca por recursos naturais, sabe-se que nós – seres humanos – estamos
consumindo cerca de 30% a mais, em recursos naturais, do que o Planeta Terra é
capaz de repor, e essa demanda pode provocar grandes impactos nas gerações
futuras e com a reciclagem a uma freiada nessa busca por recursos já que ela
transforma recursos que já foram extraídos do planeta;
A reciclagem reduz
o impacto do lixo no globo terrestre, pois com 7 bilhões de pessoas vivendo no
planeta, a disposição final do lixo tem se tornado um grande problema e desse
modo reciclando, evita-se que sejam necessárias áreas cada vez maiores, em
aterros sanitários, para dispor esse lixo e evita se criarem lixões que agridem
e muito o meio ambiente, porque muitos
não tem a mínima preparação e são jogados diversos materiais juntos e até mesmo
materiais hospitalares e metais pesados e
com o tempo esses resíduos acabam atingindo os lençóis freáticos e
prejudicando o solo.
Ajuda a economizar
energia, porque na extração e processamento dos recursos naturais são gastas
grandes quantidades de energia, e esse gasto
se torna bastante reduzido com a reciclagem.
Menos poluição,
extrair e processar matérias-primas até que elas possam ser transformadas em
produtos pelas empresas produz muita poluição atmosférica, além de poluição
sonora, visual, poluição da água e do solo.
Desvantagens
da Reciclagem
Custos de recolha, transporte e
reprocessamento, ás vezes não “compensa” todo o
processo para reciclar determinado material, as vezes por ele não ficar 100%
igual e outra por não dar recompensas financeiras, e por vezes, maior custo de
materiais reciclados (em relação aos produzidos com matérias-primas virgens).
Instabilidade dos mercados para
materiais reciclados, os quais podem ser rapidamente distorcidos por alterações
na oferta e procura (nacional ou internacional).
Cores dos cestos de
separação para reciclagem
No Brasil os
recipientes para receber materiais recicláveis seguem o seguinte padrão são:
Azul: papel/papelão
Vermelho: plástico
Verde: vidro
Amarelo: metal
Preto: madeira
Laranja: resíduos
perigosos
Branco: resíduos
ambulatoriais e de serviços de saúde
Roxo: resíduos
radioativos
Marrom: resíduos
orgânicos
Cinza: resíduo
geralmente não reciclável, misturado ou contaminado, não sendo possível de
separação.
Reciclagem do
Papel
A reciclagem de papel é
o reaproveitamento do papel não-funcional para produzir papel
reciclado, e há duas grandes fontes de papel a se reciclar: as para pré-consumo
(recolhidas pelas próprias fábricas antes que o material passe ao mercado
consumidor) e as para pós-consumo (geralmente recolhidas por catadores de
ruas), mas de um modo geral, o papel reciclado utiliza os dois tipos na sua
composição, e tem a cor creme, e a aceitação do papel reciclado é crescente,
especialmente no mercado corporativo. O papel reciclado tem um apelo ecológico,
o que faz com que alcance um preço até maior que o material não reciclado. Só no Brasil foram produzidos, em 2008, cerca de 8 milhões de toneladas
de papel (BRACELPA) e, segundo estimativas os números tendem a aumentar, pois
ao contrário do que diz o senso comum, o acesso a tecnologias como a internet e o e-mail estão contribuindo para o
aumento do consumo de papel uma vez que a maioria das pessoas ainda prefere ler
textos e livros em meio físico do que em meio eletrônico e também muitas das
empresas ainda optam por contratos escritos e impressos por serem “mais
seguros”, e por isso mesmo é cada vez
mais importante o trabalho feito pelas empresas na reciclagem dos
diversos tipos de papel contribuindo para que haja um menor impacto no meio
ambiente.
Atualmente cerca de
50% do papel consumido no Brasil é reciclado e o percentual varia de acordo com o
tipo de papel: papéis ondulados (tipo caixa de papelão) tiveram uma taxa de
reaproveitamento de 79.5% em 2007; e papéis de escritório (revistas, folhetos,
papéis de carta, papel branco, etc.) tiveram no mesmo ano um reaproveitamento
de 38.1%, o que representa 817 mil toneladas de papel de escritório (CEMPRE), e no Brasil, os papéis
reciclados chegavam a custar 40% a mais que o papel não reciclado em 2001, em 2004, os preços estavam
quase equivalentes, e o material reciclado custava de 3% a 5% a mais, porém a
redução dos preços foi possibilitada por ganhos de escala, e pela diminuição da
margem média de lucro.
E os benefícios da reciclagem do papel incluem
a redução no consumo de água utilizada na produção, assim como no consumo de
energia muito embora os números sejam bastante divergentes de uma empresa para
outra dependendo do tipo de tecnologia empregada e da eficiência do processo, m
as o principal é que com a reciclagem de papel deixa-se de cortar árvores:
calcula-se que para cada 1 tonelada de aparas (papéis cortados usados na reciclagem)
deixa-se de cortar de 15 a
20 árvores.
Os tipos de papéis
que podem ser reciclados são os seguintes: papelão, jornal, revistas, papel de
fax, papel-cartão, envelopes, fotocópias, e impressos em geral; os não
recicláveis são: papel higiênico, papel toalha, fotografias, papel carbono,
etiquetas e adesivos, todos os papéis reciclados depois de coletados por
cooperativas ou catadores são separados por tipo e vendidos para os “aparistas
” que transformam os papéis em aparas que são enfardadas e novamente vendidas
para as indústrias.
O processo de reciclagem do papel é basicamente o seguinte: as aparas
adquiridas pelas indústrias são trituradas em uma espécie de liquidificador
gigante com água para que suas fibras sejam separadas, e após um processo de centrifugação
irá separar algumas impurezas como areia, grampos e etc.. Em seguida, são
acrescentados produtos químicos para retirar a tinta e clarear o papel, após o
clareamento sobrará uma pasta de celulose que pode receber o acréscimo de
celulose virgem dependendo da qualidade do papel que se quer produzir, e esta pasta é que será prensada e seca em
diferentes equipamentos para formar o papel pronto para consumo.
Como fazer papel
reciclado em casa (reciclagem caseira)
1º - Separe o papel que não está mais sendo utilizado, recorte em pequenos pedaços e coloque num recipiente com água. Deixe assim durante um dia completo.
2º - Pegue este papel molhado e bata num liquidificador ou mexa bastante até dissolver e virar uma espécie de massa.
3º - Coloque essa massa espalhada (no formato fino) numa espécie de rede fina e cubra com um peso que terá a função de prensar.
4º - Depois de 24 horas, retire o peso e deixe o papel secar, de preferência em ambiente seco ou ao sol.
1º - Separe o papel que não está mais sendo utilizado, recorte em pequenos pedaços e coloque num recipiente com água. Deixe assim durante um dia completo.
2º - Pegue este papel molhado e bata num liquidificador ou mexa bastante até dissolver e virar uma espécie de massa.
3º - Coloque essa massa espalhada (no formato fino) numa espécie de rede fina e cubra com um peso que terá a função de prensar.
4º - Depois de 24 horas, retire o peso e deixe o papel secar, de preferência em ambiente seco ou ao sol.
Reciclagem de
vidro
O vidro é obtido
pela fusão de componentes inorgânicos a altas temperaturas, e conseqüente
resfriamento rápido da massa resultante até um estado sólido não cristalino mas para ser
mais o preciso na sua composição quimica ele veem de uma reação de fusão entre
o carbonato de sódio (Na2CO3), conhecido como barrilha ou soda, com o calcário
(CaCO3) e a sílica presente na areia (SiO2), que são aquecidos a 1500 ºC:
barrilha + calcário + areia → vidro comum
Na2CO3 + CaCO3 + SiO2 → silicatos de sódio e cálcio + gás carbônico
x Na2CO3 + y CaCO3 + z SiO2 →
(Na2O)x . (CaCO)y .
(SiO2)z + (x + y) CO2
Essa mistura é então resfriada rapidamente, dando origem a uma estrutura
amorfa, que é o vidro que conhecemos.
E a reciclagem do vidro é
o processo pelo qual o vidro é reaproveitado para criar novos materiais, o
processo se dá basicamente derretendo o vidro para sua reutilização, mas
dependendo da finalidade do seu uso, pode ser necessário separá-lo em cores
diferentes. As três cores principais são:
- Vidro
incolor
- Vidro
verde
- Vidro
marrom/âmbar
Os componentes de vidro decorrentes de lixo municipal (lixo
doméstico e lixo comercial) são
geralmente: garrafas,
artigos de vidro quebrados,lâmpada incandescente, potes de alimentos e
outros tipos de materiais de vidro. A reciclagem de vidro implica um gasto
de energia consideravelmente
menor do que a sua manufatura através de areia, calcário e carbonato de sódio, o vidro pronto para ser
novamente derretido é chamado de cullet, ele é um material ideal
para a reciclagem e
pode, dependendo das circunstâncias, ser infinitamente reciclado, pois o uso de
vidro reciclado em novos recipientes e cerâmicas possibilita a conservação de
materiais, a redução do consumo de energia (o que ajuda nações que têm que
seguir as diretrizes do Protocolo de Quioto) e reduz o volume de lixo
que é enviado para aterros sanitários.
O vidro é um material que não se pode determinar o tempo de permanência
no meio ambiente sem se degradar, e também não é
nocivo diretamente ao meio ambiente, por isso é um dos materiais mais recicláveis que
existe no consumo humano, e durante sua produção, a poluição atmosférica não é
um problema, visto que a maioria dos fornos funcionam com energia elétrica e para minimizar as emissões
gasosas dos fornos a gás, as indústrias utilizam gás
natural, que provoca menor impacto no meio ambiente.
A reutilização do vidro é preferível à sua reciclagem, as garrafas são
extensamente reutilizadas em muitos países europeus e no Brasil, na Dinamarca,
98% das garrafas são reutilizadas e 98% destas retornam para os consumidores,
porém, estes hábitos são incentivados pelo governo, e quando não reciclado se descartado no ambiente não o polui, uma
vez que seu material é inerte (não se degrada, não se desfaz), mas se
considerado o volume nos aterros sanitários, temos que concordar que o vidro é
o campeão em entulhos, até por que não pode ser compactado como o papel, se
feito isso se transforma em perigosos cacos cortantes.
Processo de
reciclagem
O vidro é separado
por tipos e cores, após isso recebe uma lavagem para retirar a sujeira
impregnada no vidro, e cuja água usada depois é tratada e recuperada para
evitar desperdício e contaminação dos recursos hídricos, e em seguida vêem a
catação de impurezas: o material passa por uma esteira, onde se retiram
impurezas como metais, pedras, plásticos e até mesmo vidros indesejáveis,
posteriormente, esse processo pode ser melhorado ao se passar o material por um
eletroímã, que separa metais que podem ser contaminantes, ai vêem o pensamento e enfardamento, onde o vidro é
então triturado, transformando-se em cacos de vidro homogêneos, e a fusão onde
os cacos são então aquecidos e fundidos a uma temperatura acima de 1300 °C e a etapa “final”
o recozimento e acabamento enfim, o
vidro pode ser moldado e utilizado na composição de novas embalagens que serão
passadas novamente para as indústrias e para o consumidor.
Reciclagem
dos Metais
O metal é um dos
produtos mais utilizados nas tarefas do dia-a-dia, encontramos embalagens de
metais, fios e outros produtos metálicos em diversos produtos, ao ser
descartado por pessoas e empresas, pode passar por um processo de reciclagem
que garante seu reaproveitamento na produção do metal reciclado que tem
praticamente todas as características do metal comum, ele pode ser reciclado
muitas vezes sem perder suas características e qualidade, com exemplo temos o
alumínio que pode ser usado sem limites e o aço após ser reciclado volta para a
cadeia produtiva para ser transformado em latas e peças automotivas.
A reciclagem do
metal é de extrema importância para o meio ambiente, pois
quando reciclamos o
metal ou compramos metal reciclado estamos contribuindo com o meio ambiente,
pois a mineração e o descarte deste tipo de material provocam problemas
ambientais diversos, fazendo com que a reciclagem seja uma alternativa viável
para contornar esta questão, pois este material deixa de ir para os aterros
sanitários ou para a natureza (rios, lagos, solo, matas), e não podemos
esquecer também, que a reciclagem de metal gera renda para milhares de pessoas
no Brasil que atuam, principalmente, em cooperativas de catadores e
recicladores de metal e outros materiais reciclados já que o metal tem um alto
valor para a reciclagem, e por ter esse valor basicamente 100% das latas de
alumínio passam por processo de reciclagem, dando ao Brasil o título de maior
reciclador deste, em todo o mundo; embora este sucesso esteja intimamente
relacionado às condições precárias de vida às quais muitos indivíduos estão sujeitos,
tendo a reciclagem como sua principal fonte de renda.
Tipos de metais
recicláveis
- Latas de alumínio (refrigerante,
cerveja, etc) e aço (latas de sardinha, molhos, óleo, etc.
- Arames, pregos, parafusos
- Fios de metal
- Tampas de metal
- Tubos de pasta
- Panelas sem cabo
- Arames
- Chapas de metal
- Objetos de alumínio (janelas, portas,
portões, etc)
- Fios e objetos de cobre;
- Ferragens
- Canos de metal
- Molduras de quadros
- Tampinhas de garrafa
- Tampas metálicas de potes de iogurtes,
margarinas, queijos, etc
- Papel alumínio
Tipos de metais
não recicláveis
- Esponjas de aço
- Ferramentas
- Eletrodomésticos
- Talheres ou panelas
- Latas de Tinta e Inseticidas e etc.
Geralmente os
metais ferrosos são direcionados para as usinas de fundição, onde a sucata é
colocada em fornos elétricos ou a oxigênio, aquecidos a 1.550 graus centígrados
e após atingir o ponto de fusão e chegar ao estado líquido, o material é
moldado em tarugos e placas metálicas, que serão cortados na forma de chapas de
aço. A sucata demora somente um dia
para ser reprocessada e transformada novamente em lâminas de aço usadas por
vários setores industriais.
Pode-se concluir que os benefícios da reciclagem de metais são a economia de minérios, economia de energia,economia de água, aumento da vida útil dos lixões, diminuição das áreas degradadas pela extração do minério, diminuição da poluição, geração de empregos e recursos econômicos para os intermediários.
Pode-se concluir que os benefícios da reciclagem de metais são a economia de minérios, economia de energia,economia de água, aumento da vida útil dos lixões, diminuição das áreas degradadas pela extração do minério, diminuição da poluição, geração de empregos e recursos econômicos para os intermediários.
Reciclagem do
Plástico
Plásticos são
materiais formados pela união de grandes cadeias moleculares chamadas
polímeros, que, por sua vez, são formadas por moléculas menores, chamadas
monômeros, e os plásticos são produzidos através de um processo químico chamado
polimerização, que proporciona a união química de monômeros para formar
polímeros.
A reciclagem de plástico consiste
no processo de reciclagem de artefatos fabricados a partir de resinas (polímeros),
geralmente sintéticas e derivadas do petróleo
ela é de extrema importância
para o meio ambiente, pois quando reciclamos o plástico ou compramos plástico
reciclado estamos contribuindo com o meio ambiente, pois este material deixa de
ir para os aterros sanitários ou para a natureza, poluindo rios, lagos, solo e
matas, e a reciclagem de plástico gera renda para milhares de pessoas no Brasil
que atuam, principalmente, em empresas e cooperativas de catadores e
recicladores de materiais reciclados.
O lixo brasileiro
contém de 5 a
10% de plásticos, conforme o local, são materiais que, como o vidro, ocupam um
considerável espaço no meio ambiente, o ideal é serem recuperados e reciclados,
o plástico é derivados do petróleo, produto importado (60% do total no Brasil,
e do total de plásticos produzidos no Brasil, só reciclamos 15%, um dos
empecilhos para isso é a grande variedade de tipos de plásticos.
A fabricação de
plástico reciclado economiza 70% de energia, considerando todo o processo desde
a exploração da matéria-prima primária até a formação do produto final. Além
disso, se o produto descartado permanecesse no meio ambiente, poderia estar
causando maior poluição, isso pode ser entendido como uma alternativa para as
oscilações do mercado abastecedor e também como preservação dos recursos
naturais, o que podendo reduzir, inclusive, os custos das matérias primas, o
plástico reciclado tem infinitas aplicações, tanto nos mercados tradicionais
das resinas virgens, quanto em novos mercados
Os plásticos recicláveis são: potes de todos os tipos, sacos de
supermercados, embalagens para alimentos, vasilhas, recipientes e artigos
domésticos, tubulações e garrafas de PET, que convertida em grânulos é usada
para a fabricação de cordas, fios de costura, cerdas de vassouras e escovas.
Os não recicláveis são: cabos de panela, botões de rádio, pratos,
canetas, bijuterias, espuma, embalagens a vácuo, fraldas descartáveis.
Reciclagem
primária ou pré-consumo
É a conversão de resíduos plásticos por tecnologia convencionais de
processamento em produtos com características de desempenho equivalentes às
daqueles produtos fabricados a partir de resinas virgens ou seja é feita com plásticos de resíduos industriais, livres de sujeira ou
contaminação
Reciclagem
secundária ou pós-consumo
É a conversão de resíduos plásticos de lixo por um processo ou por uma
combinação de operações, os materiais que se inserem nessa classe provêm de
lixões, sistema de coleta seletiva, sucatas, (são mais de 40 tipos diferentes) e etc. são constituídos
pelos mais diferentes tipos de material e resina, o
que exige uma boa preparação, para poderem ser aproveitados.
Reciclagem
terciária
É a transformação de resíduos plásticos em produtos químicos e
combustíveis, óleos combustivéis, por processos termoquímicos (pirólise,
quimólise, conversão catálica). Por esses processos, os materiais plásticos são
convertidos em matérias-primas que podem originar novamente as resinas virgens
ou outras substâncias interessantes para a indústria, como gases e óleos
combustíveis.
Reciclagem
Quaternária
Por inceneração, obtendo-se dióxido de carbono, água e calor.
Separação
Os diferentes tipos de plásticos são separados antes de
serem reciclados e esse processo é feito através das densidades destes.
§ Polipropileno
0,90 – 0,915
§ Polietileno de
Baixa Densidade 0,910 - 0,930
§ Polietileno de
Alta Densidade 0,940 - 0,960
§ Nylon 1,13 –
1,15
§ Acrílico 1,17 –
1,20
§ Poli (cloreto
de vinila) 1,220 - 1,300
§ Poli
(tereflalato de etileno) 1,220 - 1,400
Processo de reciclagem :
O processo tem
início com o recebimento da matéria prima, que vem de associações de catadores,
empresas de coleta seletiva ou sucateiros e as empresas normalmente preferem
adquirir o material compactado, enfardado e em toneladas, e em seguida é feita
uma triagem do material, onde os plásticos são separados por tipos, e cada tipo
pode sofrer uma nova seleção, o PET, por exemplo, separado por cor, alcança um maior
valor, a triagem é importantíssima para começar a revalorizar o material, então
o plástico passa por um moinho de facas, onde é moído, ocorre a lavagem e
secagem do material, e apenas moídos, os plásticos já podem ser vendidos, para
agregar mais valor, os plásticos podem seguir para um aglutinador, que aquece e
resfria o plástico, dando densidade suficiente para entrar na estrutura, que
funde, homogeneíza o material e o transforma em tiras, conhecidas como
“spaghetti”, e por fim, o spaghetti resfriado, picotado e ensacado pode ser
encaminhado para fábricas de artefatos plásticos.
TEMPO DE
DECOMPOSIÇÃO DOS MATERIAIS NA NATUREZA
MATERIAL TEMPO
|
TEMPO
|
Lata de alumínio
|
Mais de mil anos
|
Papel
|
Três meses a vários anos
|
Restos orgânicos
|
Dois meses a doze meses
|
Chiclete
|
Cinco anos
|
Lata de aço
|
Dez anos
|
Plástico
|
Mais de cem anos
|
Madeira
|
Seis meses
|
Vidro
|
Mais de dez mil anos
|
Cigarro
|
Mais de três meses
|
Bibliografia
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