terça-feira, 4 de setembro de 2012


Gerenciamento de Resíduos Sólido

 

O Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos

 

Gerenciar resíduos sólidos de forma integrada, consiste num conjunto articulado de ações normativas,operacionais, financeiras e de planejamento, que uma administração municipal desenvolve, baseado em critérios sanitários, ambientais e econômicos para coletar, tratar e dispor os resíduos sólidos de uma cidade, e um gerenciamento eficaz consiste naquele que completa o uso de práticas administrativas de resíduos, com manejo seguro e efetivo e com o mínimo de impactos sobre a saúde pública e o meio ambiente, pois a administração pública municipal é responsável pelo gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos e os outros tipos de resíduos sólidos são de responsabilidade do seu gerador, mas o gerenciamento Integrado de Resíduos

Sólidos Urbanos é, em síntese, o envolvimento de diferentes órgãos da administração pública e da sociedade civil com o propósito de realizar a limpeza urbana, a coleta, o tratamento e a disposição final do lixo, elevando assim a qualidade de vida da população e promovendo o asseio da cidade, levando em consideração as características das fontes de produção, o volume e os tipos de resíduos ­ para a eles ser dado tratamento diferenciado e disposição final técnica e econômicas dos cidadãos e as peculiaridades demográficas, climáticas e urbanísticas locais.

 

Para tanto, as ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento que envolve a questão devem se processar de modo articulado, segundo a visão de que todas as ações e operações envolvidas encontram-se interligadas, comprometidas entre si.

 

Para além das atividades operacionais, o gerenciamento integrado de resíduos sólidos destaca a importância de se considerar as questões econômicas e sociais envolvidas no cenário da limpeza urbana e, para tanto, as políticas públicas ­ locais ou não ­ que possam estar associadas ao gerenciamento do lixo, sejam elas na área de saúde, trabalho e renda, planejamento urbano etc.

 

Em geral, diferentemente do conceito de gerenciamento integrado, os municípios costumam tratar o lixo produzido na cidade apenas como um material não desejado, a ser recolhido, transportado, podendo, no máximo, receber algum tratamento manual ou mecânico para ser finalmente disposto em aterros.

 

Trata-se de uma visão distorcida em relação ao foco da questão social, encarando o lixo mais como um desafio técnico no qual se deseja receita política que aponte eficiência operacional e equipamentos especializados.

O gerenciamento integrado focaliza com mais nitidez os objetivos importantes da questão, que é a elevação da urbanidade em um contexto mais nobre para a vivência da população, onde haja manifestações de afeto à cidade e participação efetiva da comunidade no sistema, sensibilizada a não sujar as ruas, a reduzir o descarte, a reaproveitar os materiais e reciclá-los antes de encaminhá-los ao lixo.

 

Por conta desse conceito, no gerenciamento integrado são preconizados programas da limpeza urbana, enfocando meios para que sejam obtidos a máxima redução da produção de lixo, o Agenda 21, capítulo 21 máximo reaproveitamento e reciclagem de materiais e, ainda, a disposição dos resíduos de forma mais sanitária e ambientalmente adequada, abrangendo toda a população e a universalidade dos serviços. Essas atitudes contribuem significativamente para a redução dos custos do sistema, além de proteger e melhorar o ambiente.

 

O gerenciamento integrado, portanto, implica a busca contínua de parceiros, especialmente junto às lideranças da sociedade e das entidades importantes na comunidade, para comporem o sistema.Também é preciso identificar as alternativas tecnológicas necessárias a reduzir os impactos ambientais decorrentes da geração de resíduos, ao atendimento Políticas, sistemas e arranjos de parceria diferenciados deverão ser articulados para tratar de forma específica os resíduos recicláveis, tais como o papel, metais, vidros e plásticos; resíduos orgânicos, passíveis de serem transformados em composto orgânico, para enriquecer o solo agrícola; entulho de obras, decorrentes de sobra de materiais de construção e demolição, e finalmente os resíduos provenientes de estabelecimentos que tratam da saúde.

 

Esses materiais devem ser separados na fonte de produção pelos respectivos geradores, e daí seguir passos específicos para remoção, coleta, transporte, tratamento e destino correto. Conseqüentemente, os geradores têm de ser envolvidos, de uma forma ou de outra, para se integrarem à gestão de todo o sistema.

 

Finalmente, o gerenciamento integrado revela-se com a atuação de subsistemas específicos que demandam instalação, equipamentos, pessoal e tecnologia, não somente disponíveis na prefeitura, mas oferecidos pelos demais agentes envolvidos na gestão, entre os quais se enquadram:

* a própria população, empenhada na separação e acondicionamento diferenciado dos materiais recicláveis em casa;

* os grandes geradores, responsáveis pelos próprios rejeitos;

* os catadores, organizados em cooperativas, capazes de atender à coleta de recicláveis oferecidos pela população e comercializá-los junto às fontes de beneficiamento;

* os estabelecimentos que tratam da saúde, tornando-os inertes ou oferecidos à coleta diferenciada, quando isso for imprescindível;

* a prefeitura, através de seus agentes, instituições e empresas contratadas, que por meio de acordos, convênios e parcerias exercem, é claro, papel protagonista no gerenciamento integrado de todo o sistema. 
 

 
Coleta de Lixo
 
 
A coleta de lixo ou resíduos nas cidades é um serviço público a cargo das prefeituras municipais ou de empresas especializadas contratadas para essa finalidade, no Brasil, segundo estatísticas do IBGE, de 1999, cada habitante produz uma quantidade média diária de 500 gramas de lixo, e esse material é direcionado para aterros sanitários, usinas de compostagem, incineradores ou reciclagem, mas atualmente por falta  incentivos e melhorias do governo a grande maioria do lixo produzido vai parar em aterros sanitários e em lixões que são o lugar mais comun para o destino, que sem o minímo tratamento (caso dos lixões) terminam afetando até os lençõis freáticos e consequentemente os seres vivos e a flora.
Coleta Seletiva
Coleta seletiva é o termo utilizado para o recolhimento dos materiais que são possíveis de serem reciclados, previamente separados na fonte geradora, ou seja separar o lixo para que seja enviado para reciclagem, ela significa não misturar materiais recicláveis com o restante do lixo, e ela pode ser feita por um cidadão sozinho ou por uma  organização, ou em comunidades : condomínios, empresas, escolas, clubes, cidades, etc, todos podem mesmo que sozinhos contribuir para ajudar a expandir isso para que a maioria dos materiais possam ter um bom destino e ajude o meio ambiente, e dentre os materiais recicláveis podemos citar os diversos tipos de papéis, plásticos, metais e vidros, e a separação na fonte evita a contaminação dos materiais reaproveitáveis, aumentando o valor agregado destes e diminuindo os custos de reciclagem, pois para iniciar um processo de coleta seletiva é preciso avaliar, quantitativamente e qualitativamente, o perfil dos resíduos sólidos gerados em determinado município ou localidade, a fim de estruturar melhor o processo de coleta.
 
Implantando a coleta seletiva
 
A coleta seletiva e a reciclagem de resíduos são soluções desejáveis, por permitirem a redução do volume de lixo para disposição final, mais propriamente falando o fundamento da coleta seletiva é a separação, pela população, pelas comunidades e etc dos materiais recicláveis (papéis, vidros, plásticos e metais) do restante do lixo.
A implantação da coleta seletiva pode começar com uma experiência-piloto, que vai sendo ampliada aos poucos, o primeiro passo é a realização de uma campanha informativa junto à população, convencendo-a da importância da reciclagem e orientando-a para que separe o lixo em recipientes para cada tipo de material, isto é possível através de palestras, manual de Coleta Seletiva e cartazes demonstrando as vantagens da reciclagem, da preservação dos recursos naturais e a não poluição do meio ambiente.
 
É aconselhável distribuir à população, ao menos inicialmente, recipientes adequados à separação e ao armazenamento dos resíduos recicláveis nas residências (normalmente sacos de papel ou plástico).
A instalação de postos de entrega voluntária em locais estratégicos melhora a operação da coleta seletiva em locais públicos é necessário sinalizar e disponibilizar coletores específicos para cada tipo de material em lugar comum a todos e de fácil acesso, hoje, além dos coletores é possível disponibilizar sacos de lixos nas cores padrões de cada material e principalmente a mobilização da sociedade, a partir das campanhas, pode estimular iniciativas em conjuntos habitacionais, shopping centers e edifícios comerciais e públicos.                                                                                               
Deve-se buscar elaborar um plano de coleta, definindo equipamentos e periodicidade de coleta dos resíduos, pois a regularidade e eficácia no recolhimento dos materiais são importantes para que a população tenha confiança e se disponha a participar, e não vale a pena iniciar um processo de coleta seletiva se há o risco de interrompê-lo, pois a perda de credibilidade dificulta a retomada, pois com as pessoas empenhadas que são poucas já é difícil imaginem se passarem a desacreditar,  e finalmente, é necessária a instalação de um centro de triagem para a limpeza e separação dos resíduos e o acondicionamento para a venda do material a ser reciclado, e também é possível implantar programas especiais para reciclagem de entulho (resíduos da construção).
 
Principais formas de coleta seletiva
Porta a Porta – Veículos coletores percorrem as residências em dias e horários específicos que não coincidam com a coleta normal de lixo, nesse tipo de coleta a pessoa pode colocar separado o tipo de lixo na calçada mas com algum tipo de identificação seja ela por cor ou até mesmo etiquetas.
PEV (Postos de Entrega Voluntária) - Utiliza contêineres ou pequenos depósitos, colocados em pontos físicos no município, onde o cidadão, espontaneamente, deposita os recicláveis, e na parte externa dos contêineres está descrito o tipo de material que pode receber, como papel, vidro, plástico, metal e lixo orgânico.
Postos de Troca – Troca do material a ser reciclado por algum bem.
PICs - Outra modalidade de coleta é a PICs, Programa Interno de Coleta Seletiva, que é realizado em instituições públicas e privado, em parceria com associações de catadores.
Alguns tipos de produtos e materiais são recicláveis, mas somente algumas cidades e empresas têm sistemas de coleta e reciclagem. São eles:
·         Alguns tipos de pilhas e baterias de celular;
·         Isopores (esferovite);
·         Óleos vegetais e minerais usados;
·         Lâmpadas fluorescentes;
·         Caixas e embalagens compostas de papéis metalizados e plastificados (como as de  longa vida)
·         Pneus
·         Garrafas PET
·         Entulho (construção civil e demolição)
Com o avanço da ciência e tecnologia, teremos sistemas de coleta e reciclagem que abrangerão quase todos os produtos, mas enquanto isso não acontece, é nosso dever usarmos esses materiais o mínimo possível.
 
 
 
Os bairros que possuem a Coleta Seletiva Solidária atualmente são:
 

 
 
 
Bairro
Dia da coleta
Horário
Famílias Beneficiadas
Bela Vista
Segunda-Feira     
Diurno
2156
Bom Clima Fase I
Quarta-Feira       
Noite
500
Bom Clima Fase II
Segunda-Feira;
Noite
500
Inocoop
Quarta-Feira
Diurno
1735
Maria Dirce
Sexta-Feira
Diurno
1940
Monte Carmelo
Sábado
Diurno
1334
Presidente Dutra
Sexta-Feira
Diurno
2685
Vila Barros
Terça-Feira
Diurno
2096
Vila Carmela
Segunda-feira
Diurno
1448
Vila Fátima
Quinta-Feira
Diurno
1311


Resultados da coleta seletiva

Ambientais

Os maiores beneficiados por esse sistema são o meio ambiente e a saúde da população. A reciclagem de papéis, vidros, plásticos e metais - que representam em torno de 40% do lixo doméstico - reduz a utilização dos aterros sanitários, prolongando sua vida útil. Se o programa de reciclagem contar, também, com uma usina de compostagem, os benefícios são ainda maiores. Além disso, a reciclagem implica uma redução significativa dos níveis de poluição ambiental e do desperdício de recursos naturais, através da economia de energia e matérias-primas.

Econômicos

A coleta seletiva e reciclagem do lixo doméstico apresentam, normalmente, um custo mais elevado do que os métodos convencionais. Iniciativas comunitárias ou empresariais, entretanto, podem reduzir a zero os custos da prefeitura e mesmo produzir benefícios para as entidades ou empresas. De qualquer forma, é importante notar que o objetivo da coleta seletiva não é gerar recursos, mas reduzir o volume de lixo, gerando ganhos ambientais.

Políticos

Além de contribuir positivamente para a imagem do governo e da cidade, a coleta seletiva exige um exercício de cidadania, no qual os cidadãos assumem um papel ativo em relação à administração da cidade. Além das possibilidades de aproximação entre o poder público e a população, a coleta seletiva pode estimular a organização da sociedade civil.

Transporte de lixo

O caminhão de lixo é o veículo que faz o transporte dos produtos não aproveitados pela população urbana da maior parte das cidades do mundo.

Os veículos normalmente indicados para as atividades de coleta de lixo domiciliar são caminhões com carrocerias compactadoras ou Caminhão compactador, proporcionam maior economia de combustível e espaço de armazenamento, na medida em que podem transportar uma quantidade maior de lixo além de serem dotados de dispositivos hidráulicos e outras tecnologias, e para segurança dos trabalhadores alguns possuem câmeras de televisão na parte traseira com monitor na cabine do motorista. 

Já pra o transporte de lixo e resíduos hospitalares é indicado o revestimento de proteção em fibra asséptico, já que é uma solução que atende as principais características de segurança e qualidade para o transporte de cargas que geram algum tipo de resíduo que necessitem de lavagem ou materiais infectocontagiosos e o revestimento pode ser aplicado em veículos utilitários de pequeno a grande porte, carretas e baús para transporte de grandes volumes, os materiais utilizados no revestimento em fibra asséptico (fiberglass e EPS [Isopor®]) são aprovados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e atendem aos requisitos da Portaria CVS 06/99. Os kits de revestimento são padronizados por modelos de veículos (utilitários furgões).

No Brasil, a coleta de lixo é feita manualmente através dos coletores de lixo (popularmente conhecidos como coletores ou garis), e estes ficam em grupos de duas ou três pessoas que vão em pé atrás do caminhão sobre o estribo, descendo somente na frente das casas para pegar o lixo das lixeiras, há caminhões para o transporte de lixo doméstico em comunidades e estes caminhões comprimem o lixo e esmaga os resíduos num primeiro momento, o que pode reduzir consideravelmente o volume e o tamanho do lixo e desse jeito ajuda na coleta de resíduos e na eficiência do transporte.

 

ALGUNS BENEFÍCIOS DA COLETA SELETIVA: 


 

Menor redução de florestas nativas.
Reduz a extração dos recursos naturais.
Diminui a poluição do solo, da água e do ar.
Economiza energia e água.
Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo.
Conserva o solo. Diminui o lixo nos aterros e lixões.
Prolonga a vida útil dos aterros sanitários.
Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias.
Diminui o desperdício.
Melhora a limpeza e higiene da cidade.
Previne enchentes.
Diminui os gastos com a limpeza urbana.
Cria oportunidade de fortalecer cooperativas.
Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis.

 

Tratamento Final

 

Resíduo Descartado Sem Tratamento:


 

1º - POLUIÇÃO DO SOLO: alterando suas características físico-químicas, representará uma séria ameaça à saúde pública tornando-se ambiente propício ao desenvolvimento de transmissores de doenças, além do visual degradante associado aos montes de lixo.

 

2º - POLUIÇÃO DA ÁGUA: alterando as características do ambiente aquático, através da percolação do líquido gerado pela decomposição da matéria orgânica presente no lixo, associado com as águas pluviais e nascentes existentes nos locais de descarga dos resíduos.

 

3º - POLUIÇÃO DO AR: provocando formação de gases naturais na massa de lixo, pela decomposição dos resíduos com e sem a presença de oxigênio no meio, originando riscos de migração de gás, explosões e até de doenças respiratórias, se em contato direto com os mesmos.

 

Resíduo descartado com tratamento:

 

A destinação final e o tratamento do lixo podem ser realizados através dos seguintes métodos:

· Aterros sanitários (disposição no solo de resíduos domiciliares);
· Reciclagem energética (incineração ou queima de resíduos perigosos, com  
  reaproveitamento e transformação da energia gerada);
· Reciclagem orgânica (compostagem da matéria orgânica);
· Reciclagem industrial (reaproveitamento e transformação dos materiais
  recicláveis);
· Esterilização a vapor e desinfecção por microondas (tratamento dos resíduos
  patogênicos, sépticos, hospitalares).

OBS.-Programas educativos ou processos industriais que tenham como objetivo a redução da quantidade de lixo produzido, também podem ser

considerados como formas de tratamento.

 

Aterros Sanitários

Esclarecemos inicialmente que existe uma enorme diferença operacional, com reflexos ambientais imediatos, entre Lixão e Aterro Sanitário.

O Lixão representa o que há de mais primitivo em termos de disposição final de resíduos. Todo o lixão coletado é transportado para um local afastado e descarregado diretamente no solo, sem tratamento algum.

Assim, todos os efeitos negativos para a população e para o meio ambiente, vistos anteriormente, se manifestarão. Infelizmente, é dessa forma que a maioria das cidades brasileiras ainda "trata" os seus resíduos sólidos domiciliares.

 

O Aterro Sanitário é um tratamento baseado em técnicas sanitárias (impermeabilização do solo/compactação e cobertura diária das células de lixo/coleta e tratamento de gases/coleta e tratamento do chorume), entre outros procedimentos técnico-operacionais responsáveis em evitar os aspectos negativos da deposição final do lixo, ou seja, proliferação de ratos e moscas, exalação do mau cheiro, contaminação dos lençóis freáticos, surgimento de doenças e o transtorno do visual desolador por um local com toneladas de lixo amontoado.

 

Entretanto, apesar das vantagens, este método enfrenta limitações por causa do crescimento das cidades, associado ao aumento da quantidade de lixo produzido.

 

O sistema de aterro sanitário precisa ser associado à coleta seletiva de lixo e à reciclagem, o que permitirá que sua vida útil seja bastante prolongada, além do aspecto altamente positivo de se implantar uma educação ambiental com resultado promissores na comunidade, desenvolvendo coletivamente uma consciência ecológica, cujo resultado é sempre uma maior participação da população na defesa e preservação do meio ambiente.

 

As áreas destinadas para implantação de aterros têm uma vida útil limitada e novas áreas são cada vez mais difíceis de serem encontradas próximas aos centros urbanos. Aperfeiçoam-se os critérios e requisitos analisados nas aprovações dos Estudos de Impacto Ambiental pelos órgãos de controle do meio ambiente; além do fato de que os gastos com a sua operação se elevam, com o seu distanciamento.

 

Devido a suas desvantagens, a instalação de Aterros Sanitários deve planejada sempre associada à implantação da coletiva seletiva e de uma indústria de reciclagem, que ganha cada vez mais força.

 

COMPOSTAGEM

 

A compostagem é uma forma de tratamento biológico da parcela orgânica do lixo, permitindo uma redução de volume dos resíduos e a transformação destes em composto a ser utilizado na agricultura, como recondicionaste do solo. Trata-se de uma técnica importante em razão da composição do lixo urbano do Brasil.


Pode enfrentar dificuldades de comercialização dos compostos em razão do comprometimento dos mesmos por contaminantes, tais como metais pesados existentes no lixo urbano, e possíveis aspectos negativos de cheiro no pátio de cura.


 

INCINERAÇÃO

 

Este tratamento é baseado na combustão (queima) do lixo.

É um processo que demanda custos bastante elevados e a necessidade de um super e rigoroso controle da emissão de gases poluentes gerados pela combustão.

 

Com o avanço da industrialização, a natureza dos resíduos mudou drasticamente. A produção em massa de produtos químicos e plásticos torna, hoje em dia, a eliminação do lixo por meio da incineração um processo complexo, de custo elevado e altamente poluidor.

A incineração acaba gerando mais resíduos tóxicos, tornando-se uma ameaça para o ambiente e a saúde humana.

Os incineradores não resolvem os problemas dos materiais tóxicos presente no lixo. Na verdade, eles apenas convertem esses materiais tóxicos em outras formas, algumas das quais podem ser mais tóxicas que os materiais originais.

As emissões tóxicas, que são liberadas mesmo pelos incineradores mais modernos (nenhum processo de incineração opera com 100% de eficácia), são constituídas por três tipos de poluentes altamente perigosos: os metais pesados, os produtos de combustão incompleta e as substâncias químicas novas, formadas durante o processo de incineração.

Inúmeras organizações internacionais de defesa ambiental, inclusive o Greenpeace, defendem a implementação de estratégias e planos que promovam a redução, a reutilização e a reciclagem de matérias, produtos e resíduos. A incineração não tem lugar em um futuro sustentável.

Convenção de Estocolmo, um tratado assinado por 151 países, inclusive o Brasil, tem o objetivo de acabar com a fabricação e utilização de 12 substâncias tóxicas, os chamados "Doze Sujos". Entre elas, estão as dioxinas e os furanos, substâncias potencialmente cancerígenas.

A Convenção classifica os incineradores de resíduos e os fornos de cimento para co-geração de energia por meio da queima de resíduos, como sendo uma das principais fontes de dioxinas, furanos e PCBs ("Polychlorinated Biphenuyls").

Além disso, recomenda o uso de tecnologias alternativas para evitar a geração desses subprodutos. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) reportou que os incineradores são a fonte de mais de 60% das emissões mundiais de dioxinas. 



                                      Os Cincos RS
 
 
 
Quando se fala de resíduos sólidos, ou seja, de lixo, existem as dicas dos RS, alguns  falam em 3 Rs, outros em 4 e outros em 5 Rs, mas para falarmos com convicção temos primeiro de saber o que são os 3,4,5 Rs eles são:
 
- 3 Rs: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
- 4 Rs: Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Reintegrar.
- 5 Rs: Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Repensar ( ou refletir) e Recusar.
 
 
O primeiro conceito inventado e atualmente é o mais utilizado é os 3 Rs (reduzir, reciclar e reutilizar) e já o conceito de 4 R’s está ligado a gestão dos resíduos (reduzir, reutilizar, reciclar e reintegrar) e nele destacamos bem a diferença entre reciclar, reutilizar e reciclar:
 
Reciclar: Mandar o produto de volta para o processamento após sua utilização, exemplo: latinha de alumínio volta para a indústria de latinhas;
 
Reutilizar: Após o uso, reutilizar o produto para outro fim, exemplo: pegar um pote de vidro vazio e usar para guardar moedas;
 
Reintegrar: Reintegrar o produto a natureza, ou seja, transformá-lo novamente em um recurso natural, exemplo: compostagem de resíduos orgânicos para fazer húmus e adubo.
 
Já o conceito de 5 R’s foi adaptado para favorecer processos de Educação Ambiental, pois é um conceito mais prático e mais aplicável no nosso dia a dia como consumidores
 
Pois podemos levar na prática:  Reduzir, Reutilizar(reutilizar muitas coisas e rever se tem utilidades), Reciclar(tentar remontá-las ou achar alguma coisa que se monte com ela, existem várias idéias inovadoras), Repensar(ver se você realmente precisa de uma coisa antes de comprar) e Recusar(recusar coisas que você já tem ou não precisa).
 
Repensar
 
É muito importante repensar hábitos de consumo e descarte. Será que o que você está comprando é algo de que realmente necessita? Pense na real necessidade da compra daquele produto, antes de comprá-lo, e depois de consumi-lo, pratique a coleta seletiva, separando embalagens, matéria orgânica e óleo de cozinha usado e jogue no lixo apenas o que não for reutilizável ou reciclável, evite o desperdício de alimentos, use produtos de limpeza biodegradáveis, adquira produtos recicláveis ou produzidos com matéria-prima reciclada, a idéia já diz tudo repense antes de fazer as suas escolhas para que elas não prejudique, o meio ambiente, são com pequenas atitudes que podem mudar tudo, as vezes compramos algo por impulso e sem precisar, compramos coisas que são prejudiciais ao meio ambiente e difícil de retorno ao meio ambiente, então se pararmos um pouco e rever as nossas atitudes poderemos contribuir e muito.

Recusar
 usando você recusa produtos que prejudicam a saúde e o meio ambiente está contribuindo para um mundo mais limpo, prefira produtos de empresas que tenham compromisso com o meio ambiente e sempre fique atento às datas de validade dos produtos, quando for ao mercado e algumas lojas recuse sacos plásticos e embalagens não recicláveis, prefira as sacolas de plásticos e as biodegradáveis que retornam mais rapidamente ao meio ambiente, vamos evitar comprar aerossóis e lâmpadas fluorescentes, que contém Cfc nos casos dos aerosóis que ajudam no devastamente da camada de ozônio e as lâmpadas fluorescentes que podem conter mercúrio que é um metal pesado e que pode causar câncer.
 
 
Reduzir
Esta prática significa consumir menos produtos, dando preferência aos que tenham maior durabilidade e, portanto, ofereçam menor potencial de geração de resíduos e de desperdício de água, energia e recursos naturais, outra prática que pode ser feita é a dos refis. Escolha produtos com menos embalagens ou embalagens econômicas, priorizando as retornáveis. Leve sua sacola para as compras e adquira produtos a granel.
 
 
Reutilizar
 
Ao reutilizar, você estará ampliando a vida útil do produto, além de economizar na extração de matérias-primas virgens, pois muitos produtos depois de serem utilizados para suas funções originais podem servir com outras coisas e se tornam enfeites, peças de decoração e etc, muitas pessoas criam produtos artesanais a partir de embalagens de vidro, papel, plástico, metal, cd’s, etc.
 
Reciclar
O processo de reciclagem reduz a pressão sobre os recursos naturais, economiza água, energia, gera trabalho e renda para milhares de pessoas, seja no mercado formal ou informal de trabalho,
Exercite os quatro primeiros Rs e, o que restar, separe para a coleta seletiva das embalagens de vidros, plásticos, metais, papéis, longa vida, isopor, óleo de cozinha usado, cartuchos de impressoras, pilhas, baterias, CDs, DVDs, radiografias e alimentos, a reciclagem promove benefícios ambientais, sociais e econômicos.
 
 
 
Classificação Dos Resíduos Sólidos
 
Os resíduos sólidos podem ser classificados de acordo com a origem, tipo de resíduo, composição química e periculosidade e também de acordo com a origem:
 
Resíduo Hospitalar ou de Serviços de Saúde: qualquer resto proveniente de hospitais e serviços de saúde como pronto-socorro, enfermarias, laboratórios de análises clínicas, farmácias, etc.. Geralmente é constituído de seringas, agulhas, curativos e outros materiais que podem apresentar algum tipo de contaminação por agentes patogênicos (causadores de doenças).
 
Resíduo Domiciliar”: são aqueles gerados nas residências e sua composição é bastante variável sendo influenciada por fatores como localização geográfica e renda familiar. Porém, nesse tipo de resíduo podem ser encontrados restos de alimentos, resíduos sanitários (papel higiênico, por exemplo), papel, plástico, vidro, etc. Atenção: alguns produtos que utilizamos e descartamos em casa são considerados perigosos e devem ter uma destinação diferente dos demais, preferencialmente para locais destinados a resíduos perigosos. Por exemplo: pilhas e baterias, cloro, água sanitária, desentupidor de pia, limpadores de vidro, fogão e removedor de manchas, aerossóis, medicamentos vencidos,querosene, solventes, etc.
 
-Resíduo Agrícola: são aqueles gerados pelas atividades agropecuárias (cultivos, criações de animais, beneficiamento, processamento, etc.). Podem ser compostos por embalagens de defensivos agrícolas, restos orgânicos (palhas, cascas, estrume, animais mortos, bagaços, etc.), produtos veterinários e etc.
 
-Resíduo Comercial: são aqueles produzidos pelo comércio em geral. A maior parte é constituída por materiais recicláveis como papel e papelão, principalmente de embalagens, e plásticos, mas também podem conter restos sanitários e orgânicos.
 
-Resíduo Industrial: são originados dos processos industriais. Possuem composição bastante diversificada e uma grande quantidade desses rejeitos é considerada perigosa. Podem ser constituídos por escórias (impurezas resultantes da fundição do ferro), cinzas, lodos, óleos, plásticos, papel, borrachas, etc.
 
-Entulho: resultante da construção civil e reformas. Quase 100% destes resíduos podem ser reaproveitados embora isso não ocorra na maioria das situações por falta de informação. Os entulhos são compostos por: restos de demolição(madeiras, tijolos, cimento, rebocos, metais, etc.), de obras e solos de escavações diversas.
 
-Resíduo Público ou de Varrição: é aquele recolhido nas vias públicas, galerias, áreas de realização de feiras e outros locais públicos. Sua composição é muito variada dependendo do local e da situação onde é recolhido, mas podem conter: folhas de árvores, galhos e grama, animais mortos, papel, plástico, restos de alimentos, etc..
 
-Resíduos Sólidos Urbanos: é o nome usado para denominar o conjunto de todos os tipos de resíduos gerados nas cidades e coletados pelo serviço municipal (domiciliar, de varrição, comercial e, em alguns casos, entulhos).
 
-Resíduos de Portos, Aeroportos e Terminais Rodoviários e Ferroviários: o lixo coletado nesses locais é tratado como “resíduo séptico”, pois pode conter agentes causadores de doenças trazidas de outros países. Os resíduos que não apresentam esse risco de contaminação podem ser tratados como lixo domiciliar.
 
-Resíduo de Mineração:  podem ser constituídos de solo removido, metais pesados, restos e lascas de pedras, etc.
 
-Resíduo hospitalar: é a classificação dada aos resíduos perigosos produzidos dentro de hospitais, como seringas usadas, aventais, etc. Por conter agentes causadores de doenças, este tipo de lixo é separado do restante dos resíduos produzidos dentro de um hospital (restos de comida, etc), e é geralmente incinerado. Porém, certos materiais hospitalares, como aventais que estiveram em contato com raios eletromagnéticos de alta energia como raios X, são categorizados de forma diferente (o mencionado avental, por exemplo, é considerado lixo nuclear), e recebem tratamento diferente.
 
-Resíduo nuclear: composto por produtos altamente radioativos, como restos de combustível nuclear, produtos hospitalares que tiveram contato com radioatividade (aventais, papéis, etc), enfim, qualquer material que teve exposição prolongada à radioatividade ou que possui algum grau de radioatividade. Devido ao fato de que tais materiais continuam a emitir radioatividade por muito tempo, eles precisam ser totalmente confinados e isolados do resto do mundo.
 
De acordo com o TIPO:
 
- “Resíduo Reciclável”: papel, plástico, metal, alumínio, vidro, etc.
- “Resíduo Não Reciclável” ou “Rejeito”: resíduos que não são recicláveis, ou resíduos recicláveis contaminados;
 
De acordo com a COMPOSICÃO QUÍMICA:
 
- Orgânicos: restos de alimentos, folhas, grama, animais mortos, esterco, papel, madeira, etc.. , muita gente não sabe, mas alguns compostos orgânicos podem ser tóxicos, são os chamados “Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP) e “Poluentes Orgânicos Não Persistentes”.
 
“Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP): hidrocarbonetos de elevado peso molecular, clorados e aromáticos, alguns pesticidas (Ex.: DDT, DDE, Lindane, Hexaclorobenzeno e PCB`s) , estes compostos orgânicos são tão perigosos que foi criada uma norma internacional para seu controle denominada “Convenção de Estocolmo”.
 
“Poluentes Orgânicos Não Persistentes”: óleos e óleos usados, solventes de baixo peso molecular, alguns pesticidas biodegradáveis e a maioria dos detergentes (Ex.: organosfosforados e carbamatos).
 
- Inorgânicos: vidros, plásticos, borrachas, etc.
 
De acordo com a PERICULOSIDADE:
Essa classificação foi definida pela ABNT na norma NBR10004:2004 da seguinte forma:
 
- Resíduos Perigosos (Classe I): são aqueles que por suas características podem apresentar riscos para a sociedade ou para o meio ambiente. São considerados perigosos também os que apresentem uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade. Na norma estão definidos os critérios que devem ser observados em ensaios de laboratório para a determinação destes itens. Os resíduos que recebem esta classificação requerem cuidados especiais de destinação.
 
- Resíduos Não Perigosos (Classe II): não apresentam nenhuma das características acima, podem ainda ser classificados em dois subtipos:
 
Classe II A – não inertes: são aqueles que não se enquadram no item anterior, Classe I, nem no próximo item, Classe II B. Geralmente apresenta alguma dessas características: biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água.
Classe II B – inertes: quando submetidos ao contato com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de portabilidade da água, com exceção da cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G da norma NBR10004:2004.

 

Caracterização

A caracterização dos Resíduos Sólidos consiste em determinar suas principais características físicas e/ou químicas, qualitativa e/ou quantitativamente dependendo da abrangência e aplicação do resultado que se quer obter, pois a caracterização deve ser feita por profissional especializado e, dependendo da complexidade, em laboratórios de análises, para que sejam feitos testes específicos.
 
Para que os resíduos sólidos sejam devidamente caracterizados deve-se conhecer sua origem, seus constituintes e características, durante a caracterização, que é feita seguindo padrões específicos de amostragem e testes, são determinados, por exemplo, se um resíduo é inflamável, corrosivo, combustível, tóxico e etc. Também são estudadas suas características físicas (granulométrica, peso, volume, resistência mecânica, etc.) e químicas (reatividade, composição, solubilidade e etc.).
 
Algumas normas utilizadas nesse procedimento são:
ABNT NBR10004/2007 – Resíduos Sólidos – Classificação
ABNT NBR10005:2004 – Procedimento para obtenção de extrato lixiviador de resíduos sólidos
ABNT NBR10006:2004 – Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos
ABNT NBR10007:2004 – Amostragem de resíduos sólidos
ABNT NBR12808:1993 – Resíduos de Serviços de Saúde – Classificação
ABNT NBR14598:2000 – Produtos de petróleo – Determinação do ponto de fulgor pelo aparelho de vaso fechado Pensky-Martens
USEPA – SW846 – Test methods for evaluating solid waste – Physical/chemical methods
 
 
 
Produção Limpa
 
Produção limpa ou produção mais limpa é uma abordagem para a produção ecoeficiente, ela estabelece uma metodologia chamada "do berço à cova", ou seja, os fabricantes devem ser preocupar desde o projeto, seleção de matérias primas, processo de produção, consumo, reutilização, reparo, reciclagem (3R) até a disposição final dos produtos, e para tanto a logística reversa deve ser utilizada, e as principais características de um bem produzido segundo os critérios da Produção Limpa são: a utilização de materiais não tóxicos e reutilizáveis(para que utilizem menos das fontes naturais e evite acúmulo de lixo), processo limpos e com baixo consumo de energia, mínima utilização de embalagens, fácil de montar, desmontar, consertar e reciclar e destinação final ambientalmente adequada gerida pelo fabricante ou seja é um conceito que reconhece que a maioria de nossos problemas ambientais atuais como  o aquecimento global, a poluição química tóxica e a perda da biodiversidade e percebe que eles são causados pelo modo e a velocidade com que produzimos e consumimos recursos naturais ,e ela tenta  satisfazer as necessidades da sociedade por produtos ambientalmente corretos, através do uso de sistemas de energia eficientes e renováveis, e materiais que não ofereçam risco nem ameacem a biodiversidade do planeta alem de observar como esta necessidade poderia ser mais bem satisfeita ou reduzida.
 
OS QUATRO ELEMENTOS DA PRODUÇÃO LIMPA
 
1. Princípio da precaução
A obrigação de provar que uma substância ou atividade não causará nenhum prejuízo ao meio ambiente é do potencial poluidor (por exemplo, uma indústria), e a comunidades não  podem ser responsabilizadas por demonstrar que algum dano ambiental ou social será causado pela atividade industrial, esta abordagem rejeita a avaliação quantitativa de risco ambiental na tomada de decisão e reconhece as limitações do conhecimento científico na determinação quanto à continuidade do uso de uma substância química ou de uma atividade industrial, e desta forma,  o princípio defende que a ciência é importante para esclarecer e gerar informações sobre os impactos ambientais de uma atividade industrial, mas porém, as decisões públicas não devem envolver  apenas cientistas, uma vez que as atividades industriais também representam impactos sociais, econômicos e culturais
 
2. Princípio da Prevenção
É mais barato e mais efetivo prevenir o dano ambiental do que tentar administrá-lo ou remediar a situação, a noção de prevenção da poluição substitui o já ultrapassado conceito de controle da poluição, exigindo mudanças nos processos e produtos de forma a evitar a geração de resíduos, especialmente os tóxicos, e este princípio demanda  a prática do uso eficiente da energia bem como o uso de fontes alternativas menos poluentes (como energia solar e eólica) para substituir a excessiva ênfase no desenvolvimento e pesquisa de novas fontes de combustível fóssil.
 
3. Princípio do Controle Democrático
A Produção Limpa envolve todos  os afetados por atividades industriais, incluindo os operários, as comunidades do entorno e os consumidores finais, e os cidadãos devem possuir informação sobre as emissões industriais e ter acesso aos registros de poluição, planos de redução de uso de substâncias químicas tóxicas, bem como dados das matérias-primas dos produtos. O Direito e acesso à informação e o envolvimento na tomada de decisão garantem o controle democrático sobre o processo produtivo e a qualidade de vida da população diretamente afetada e das gerações futuras.
 
4. Princípio da Abordagem Integrada e Holística
Os perigos e riscos ambientais de um processo produtivo podem ser minimizados pelo rastreamento completo do ciclo de vida de um produto
 
 
 
Dentre os objetivos da Produção limpa temos:
  • Aumentar a vantagem econômica e competitiva da empresa.
  • Racionalizar o uso de insumos.
  • Reduzir os desperdícios.
  • Minimizar a geração de resíduos, diminuindo os impactos ambientais.
  • Aumentar a competitividade, atualizando a empresa de acordo com as exigências do mercado.
  • Adequar os processos e produtos em conformidade com a legislação ambiental.
  • Permitir a obtenção de indicadores de eficiência.
  • Documentar e manter os resultados obtidos.
  • Promover e manter a boa imagem da empresa, divulgando a ecoeficiência da produção e a qualidade dos produtos oferecidos.
 
 
E dentre as Vantagens:

  • Redução dos custos de produção e aumento da eficiência e competitividade.
  • Redução das infrações aos padrões ambientais previstos na legislação.
  • Diminuição dos riscos de acidentes ambientais.
  • Melhoria das condições de saúde e segurança do trabalhador.
  • Melhoria da imagem da empresa junto aos consumidores, fornecedores e poder público. Ampliação das perspectivas de mercado interno e externo.
  • Acesso facilitado às linhas de financiamento.
  • Melhor relacionamento com os órgãos ambientais, com a mídia e a comunidade. 
  • Redução no consumo de matéria-prima, energia e água.
  • Redução de resíduos e emissões.
  • Reuso de resíduos de processo.
  • Reciclagem de resíduos. 
  • Redução de desperdícios (Ecodesign).
  • Uso de material reciclável para novos produtos.
  • Diminuição do custo final. Redução de riscos. 
 
 
Reciclagem
 
 
A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto, muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico, a expressão vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).
 
O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e ser transformado novamente em um produto igual em todas as suas características, mas quando reciclados alguns como, por exemplo, o papel e o vidro não voltam a ficarem 100% igual ao que eram antes, e o conceito de reciclagem é diferente do de reutilização, o reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um determinado material já beneficiado em outro e a reciclagem significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o consumo.
 
A palavra reciclagem ganhou destaque a partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente,e a produção de embalagens e produtos descartáveis  aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países desenvolvidos  e que havia falta de espaço para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza,  mas desde que surgiu, a reciclagem é encarada como uma forma de solução para a diminuição de lixo no ambiente, e realmente, veio a solucionar muitos dos problemas causados pela disposição inadequada de lixo e pela grande quantidade gerada. Entretanto, se a reciclagem for vista apenas neste sentido, as demais atitudes não serão atingidas, e o principal objetivo a ser almejado na busca de soluções para o problema do lixo deve ser o da conscientização da população, mas infelizmente, ainda não são todos os tipos de materiais fabricados pelo homem que são possíveis de serem reciclado, isto por que não apresentam condições favoráveis, como a existência de mercado local ou viabilidade técnica.
 
 
Reciclagem em Guarulhos


 
Guarulhos tem 1,3 milhão de habitantes e produz por dia 900 a 1000 mil toneladas de lixo por dia, com variações entre varrições, limpeza de margem de córregos, entre outros. Desde 2007, o Instituto Recicla Cidadão realiza um trabalho de conscientização dos guarulhenses em busca de novas atitudes quanto à coleta seletiva na cidade. O intuito do instituto é mostrar ao poder público que é possível fazer mais pelo município e pelo cidadão.
 
O primeiro bairro a participar do programa foi o Rosa de França, em seguida o Jardim Maia e depois o Cambará. Hoje, é possível encontrar em 22 bairros moradores participantes do projeto. Ao todo, são 3,6 mil famílias cadastradas, considerando a média de quatro pessoas por casa engajadas. Empresas privadas e 15 escolas também aderiram à idéia do fundador do Recicla Cidadão, William Paneque.

Para fazer parte do projeto é preciso se cadastrar no Instituto. As informações são colhidas e o morador é cadastrado. Como símbolo do compromisso, o morador recebe uma placa que identifica que naquela casa há coleta seletiva do Recicla Cidadão. Além disso, o saco de lixo é fornecido pelo instituto, de acordo com o número de residentes e quanto lixo é produzido por eles.

O projeto engloba, além da reciclagem, outros serviços para a comunidade, entre deles a inclusão de formação dos catadores de lixo. "O poder público precisa saber que esses catadores não são responsáveis pela limpeza da cidade. Eles fazem isso porque precisam de dinheiro para se sustentar", reclama Paneque.

Outra ação é fornecer e viabilizar cursos de capacitação para a comunidade. Exemplo disso é a sexta turma de capacitação Amanco em técnico de hidráulica. Desde o início do projeto, mais de 300 pessoas já se formaram no curso.

Por dia são geradas, aproximadamente, 1.000 toneladas de lixo em Guarulhos e por mês, quase 30 mil toneladas. Já nas duas ações oficiais que fazem a coleta seletiva (Cooperativa e Recicla Cidadão) são recolhidos 210 a 220 toneladas por mês. No final no ano só foi recolhido 2.400 toneladas. Isso significa que nem metade de todo o lixo produzido é separado e reciclado.
O benefício da população ao aderir ao Recicla Cidadão é pessoal. "Quem faz parte contribui com a cidade e faz sua parte. A pessoa fica confortável para cobrar um retorno do poder público porque faz o seu papel", esclarece Paneque.

Em constante crescimento, o Instituto não apenas fala o que seria bom para a população, mas traz resultados visíveis do que é possível ser feito. "A teoria é lúdica e prazerosa. A prática é frustrante e dolorosa". Para ele o projeto não é a solução para o problema, mas é um sinalizador de que ainda há esperança de conscientizar e mudar conceitos e práticas de uma sociedade.
 
 
 
 
Importância e vantagens da reciclagem
A reciclagem de lixo foi uma das principais soluções encontradas para a diminuição dos impactos que o excesso de lixo que é descartado no meio ambiente causa em todo o planeta, trazendo benefícios, gerando economia e lucros para o meio ambiente, e com a reciclagem as pessoas deixam de estar exposto a tanto poluição, bem com mais oportunidades de trabalho, e as empresas economizam com matérias prima, sem contar ainda a eliminação de poluentes.
 
No Brasil foram registrados os primeiros vestígios de reciclagem em 1896 quando catadores de lixo tinham ordens para encaminhas garrafas, ferros, folhas e outros materiais para fabricas e locais em que seriam reutilizados. Mas as preocupações em relação aos problemas trazidos pelo lixo excessivo no meio ambiente ganharam força em 1920 devido as aglomerações e divulgações que vinham sendo realizadas por países estrangeiros que realizavam a reciclagem do lixo, em que de instância o interesse era realmente ligado ao rendimento econômico que a reciclagem resultava.
 
No ano de 1970 o país viu-se mais possibilitado a realizar com maior extensão a reciclagem do lixo, isso se deu devido ao surgimento e criação de novas ferramentas e produtos que facilitavam a realização de cada processo para a reciclagem do lixo, o que inclui o retorno do lixo descartado para as indústrias e fabricas que reutilizam durante a produção de determinados produtos e serviços.
 
A partir dai surgiram vários projetos e programas de incentivo a reciclagem do lixo procurando conscientizar a população brasileira de como é danoso ao meio ambiente e conseqüentemente a todos os seres vivos esses descarte excessivo de lixo que é realizado diariamente e que prejudica todo o ecossistema do planeta.
 
Atualmente o país gera por dia por volta de 195 milhões de kg de lixo o que resulta em aproximadamente 55 trilhões de Kg de lixo por ano, valores que corresponde a cerca 1,15 kg de lixo gerado diariamente por cada brasileiro, e por essa análise dá para ver os problemas gerados se todo esse lixo for descartado no meio ambiente, no entanto, o país mostra-se bastante atento a essas questões e realiza a reciclagem de grande parte do lixo, para se ter uma idéia são 94% de alumínio reciclado; 77% de papelão reciclado; 50% de embalagens Longa Vida recicladas, entre outros que resultam em grandes benefícios para o país, por exemplo, na economia da energia elétrica durante a produção de produtos com matéria-prima reciclada.
 
O mercado para os recicláveis no Brasil ainda não é dos mais promissores. Entretanto, está ampliando-se cada vez mais, temos por exemplo as embalagens tetrapak que até alguns anos atrás, não havia tecnologia adequada para reciclá-las.
 
O mercado poderá ser continuamente ampliado graças à mudança de pensamento e atitudes em relação aos resíduos, pois se o público reivindicar mais intensamente a mudança de atitudes por parte das autoridades e contribuir melhor com programas já existentes, a reciclagem poderá ser mais atingida, porque existe uma inviabilidade técnica para a reciclagem de muitos resíduos que ainda não é possível porque estes são feitos com vários tipos de materiais ao mesmo tempo, por exemplo, alguns produtos têm embalagens tão sofisticadas para ser um atrativo de venda (marketing) que não é possível retirar rótulos ou separar partes desta embalagem, e também é claro que não depende só de você para mudar isso, mas você pode optar por outros produtos ao invés destes. Até por que, geralmente os produtos artesanais são bem mais baratos que os “super-industrializados” e também mais saudáveis, e outra: se a coleta seletiva for mais bem realizada e divulgada, talvez as empresas tenham um propósito maior em vender produtos com embalagens recicláveis (pois irão se beneficiar economicamente, tanto por competir melhor com as que já adotam esta atitude, como por poder ter uma fonte garantida de matéria prima).
 
 
 
 
 
Dentre essas vantagens temos:
 
A reciclagem traz a vantagem do saneamento básico uma vez que, a coleta do lixo por catadores, bem como sua separação feita por donas e donos de casa bem informados, evita o descarte de lixo em lixões e em vias públicas e assim como algumas prefeituras e empresas desentupidoras já vem nos alertando, o descarte incorreto do lixo produz entupimentos de galerias de esgoto e pluviais, bem como poluição ambiental.
 
A reciclagem também possui o benefício social da integração de pessoas à sociedade, pois muitas pessoas associam-se à cooperativas e passam a ter uma vida mais plena justamente porque passam a ter contato com outras pessoas e além de se relacionarem elas também tem vantagens econômicas pois ganham o seu dinheiro de forma hones, pois muitos não tem acesso a escola e consequentemente não conseguem arrumar nos empregos e entram no mundo do crime e das drogas, e agora o Brasil disponibiliza o sistem de Microeempreendedor individual para recicladores, o que significa que com uma contribuição de 5% do salário mínimo, o reciclador passa a ter benefícios como aposentadoria e seguro saúde e sem contar que existem os incentivos e apoio as cooperativas de catadores e etc.
 
A reciclagem reduz a busca por recursos naturais, sabe-se que nós – seres humanos – estamos consumindo cerca de 30% a mais, em recursos naturais, do que o Planeta Terra é capaz de repor, e essa demanda pode provocar grandes impactos nas gerações futuras e com a reciclagem a uma freiada nessa busca por recursos já que ela transforma recursos que já foram extraídos do planeta;
 
A reciclagem reduz o impacto do lixo no globo terrestre, pois com 7 bilhões de pessoas vivendo no planeta, a disposição final do lixo tem se tornado um grande problema e desse modo reciclando, evita-se que sejam necessárias áreas cada vez maiores, em aterros sanitários, para dispor esse lixo e evita se criarem lixões que agridem e muito o meio ambiente,  porque muitos não tem a mínima preparação e são jogados diversos materiais juntos e até mesmo materiais hospitalares e metais pesados e  com o tempo esses resíduos acabam atingindo os lençóis freáticos e prejudicando o solo.
Ajuda a economizar energia, porque na extração e processamento dos recursos naturais são gastas grandes quantidades de energia, e esse gasto  se torna bastante reduzido com a reciclagem.
 
Menos poluição, extrair e processar matérias-primas até que elas possam ser transformadas em produtos pelas empresas produz muita poluição atmosférica, além de poluição sonora, visual, poluição da água e do solo.
 
 
 
 
 
 
 
Desvantagens da Reciclagem
 
Custos de recolha, transporte e reprocessamento, ás vezes não “compensa” todo o  processo para reciclar determinado material, as vezes por ele não ficar 100% igual e outra por não dar recompensas financeiras, e por vezes, maior custo de materiais reciclados (em relação aos produzidos com matérias-primas virgens).
 
Instabilidade dos mercados para materiais reciclados, os quais podem ser rapidamente distorcidos por alterações na oferta e procura (nacional ou internacional).
 
 
Cores dos cestos de separação para reciclagem
 
 
 
 
No Brasil os recipientes para receber materiais recicláveis seguem o seguinte padrão são:
Azul: papel/papelão
Vermelho: plástico
Verde: vidro
Amarelo: metal
Preto: madeira
Laranja: resíduos perigosos
Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
Roxo: resíduos radioativos
Marrom: resíduos orgânicos
Cinza: resíduo geralmente não reciclável, misturado ou contaminado, não sendo possível de separação.
 
 
 
Reciclagem do Papel
 
 
A reciclagem de papel é o reaproveitamento do papel não-funcional para produzir papel reciclado, e há duas grandes fontes de papel a se reciclar: as para pré-consumo (recolhidas pelas próprias fábricas antes que o material passe ao mercado consumidor) e as para pós-consumo (geralmente recolhidas por catadores de ruas), mas de um modo geral, o papel reciclado utiliza os dois tipos na sua composição, e tem a cor creme, e a aceitação do papel reciclado é crescente, especialmente no mercado corporativo. O papel reciclado tem um apelo ecológico, o que faz com que alcance um preço até maior que o material não reciclado.   Só no Brasil foram produzidos, em 2008, cerca de 8 milhões de toneladas de papel (BRACELPA) e, segundo estimativas os números tendem a aumentar, pois ao contrário do que diz o senso comum, o acesso a tecnologias como a internet e o e-mail estão contribuindo para o aumento do consumo de papel uma vez que a maioria das pessoas ainda prefere ler textos e livros em meio físico do que em meio eletrônico e também muitas das empresas ainda optam por contratos escritos e impressos por serem “mais seguros”,  e por isso mesmo é cada vez mais importante o trabalho feito pelas empresas na reciclagem dos diversos tipos de papel contribuindo para que haja um menor impacto no meio ambiente.
 
Atualmente cerca de 50% do papel consumido no Brasil é reciclado e o percentual varia de acordo com o tipo de papel: papéis ondulados (tipo caixa de papelão) tiveram uma taxa de reaproveitamento de 79.5% em 2007; e papéis de escritório (revistas, folhetos, papéis de carta, papel branco, etc.) tiveram no mesmo ano um reaproveitamento de 38.1%, o que representa 817 mil toneladas de papel de escritório (CEMPRE), e no Brasil, os papéis reciclados chegavam a custar 40% a mais que o papel não reciclado em 2001, em 2004, os preços estavam quase equivalentes, e o material reciclado custava de 3% a 5% a mais, porém a redução dos preços foi possibilitada por ganhos de escala, e pela diminuição da margem média de lucro.
 
E os benefícios da reciclagem do papel incluem a redução no consumo de água utilizada na produção, assim como no consumo de energia muito embora os números sejam bastante divergentes de uma empresa para outra dependendo do tipo de tecnologia empregada e da eficiência do processo, m as o principal é que com a reciclagem de papel deixa-se de cortar árvores: calcula-se que para cada 1 tonelada de aparas (papéis cortados usados na reciclagem) deixa-se de cortar de 15 a 20 árvores.
 
Os tipos de papéis que podem ser reciclados são os seguintes: papelão, jornal, revistas, papel de fax, papel-cartão, envelopes, fotocópias, e impressos em geral; os não recicláveis são: papel higiênico, papel toalha, fotografias, papel carbono, etiquetas e adesivos, todos os papéis reciclados depois de coletados por cooperativas ou catadores são separados por tipo e vendidos para os “aparistas ” que transformam os papéis em aparas que são enfardadas e novamente vendidas para as indústrias.
 
O processo de reciclagem do papel é basicamente o seguinte: as aparas adquiridas pelas indústrias são trituradas em uma espécie de liquidificador gigante com água para que suas fibras sejam separadas, e após um processo de centrifugação irá separar algumas impurezas como areia, grampos e etc.. Em seguida, são acrescentados produtos químicos para retirar a tinta e clarear o papel, após o clareamento sobrará uma pasta de celulose que pode receber o acréscimo de celulose virgem dependendo da qualidade do papel que se quer produzir, e  esta pasta é que será prensada e seca em diferentes equipamentos para formar o papel pronto para consumo.
 
Como fazer papel reciclado em casa (reciclagem caseira)

1º - Separe o papel que não está mais sendo utilizado, recorte em pequenos pedaços e coloque num recipiente com água. Deixe assim durante um dia completo.
2º - Pegue este papel molhado e bata num liquidificador ou mexa bastante até dissolver e virar uma espécie de massa.
3º - Coloque essa massa espalhada (no formato fino) numa espécie de rede fina e cubra com um peso que terá a função de prensar.
4º - Depois de 24 horas, retire o peso e deixe o papel secar, de preferência em ambiente seco ou ao sol.
 
 
 
Reciclagem de vidro
 
 
O vidro é obtido pela fusão de componentes inorgânicos a altas temperaturas, e conseqüente resfriamento rápido da massa resultante até um estado sólido não cristalino mas para ser mais o preciso na sua composição quimica ele veem de uma reação de fusão entre o carbonato de sódio (Na2CO3), conhecido como barrilha ou soda, com o calcário (CaCO3) e a sílica presente na areia (SiO2), que são aquecidos a 1500 ºC:
 
barrilha + calcário + areia → vidro comum
Na2CO3 + CaCO3   + SiO2  → silicatos de sódio e cálcio + gás carbônico
x Na2CO3 + y CaCO3   + z SiO2    (Na2O)x . (CaCO)y  . (SiO2)z + (x + y) CO2
 
Essa mistura é então resfriada rapidamente, dando origem a uma estrutura amorfa, que é o vidro que conhecemos.
 
E a reciclagem do vidro é o processo pelo qual o vidro é reaproveitado para criar novos materiais, o processo se dá basicamente derretendo o vidro para sua reutilização, mas dependendo da finalidade do seu uso, pode ser necessário separá-lo em cores diferentes. As três cores principais são:
  • Vidro incolor
  • Vidro verde
  • Vidro marrom/âmbar
Os componentes de vidro decorrentes de lixo municipal (lixo doméstico e lixo comercial) são geralmente: garrafas, artigos de vidro quebrados,lâmpada incandescente, potes de alimentos e outros tipos de materiais de vidro. A reciclagem de vidro implica um gasto de energia consideravelmente menor do que a sua manufatura através de areiacalcário e carbonato de sódio, o vidro pronto para ser novamente derretido é chamado de cullet, ele é um material ideal para a reciclagem e pode, dependendo das circunstâncias, ser infinitamente reciclado, pois o uso de vidro reciclado em novos recipientes e cerâmicas possibilita a conservação de materiais, a redução do consumo de energia (o que ajuda nações que têm que seguir as diretrizes do Protocolo de Quioto) e reduz o volume de lixo que é enviado para aterros sanitários.
 
O vidro é um material que não se pode determinar o tempo de permanência no meio ambiente sem se degradar, e também não é nocivo diretamente ao meio ambiente, por isso é um dos materiais mais recicláveis que existe no consumo humano, e durante sua produção, a poluição atmosférica não é um problema, visto que a maioria dos fornos funcionam com energia elétrica e para minimizar as emissões gasosas dos fornos a gás, as indústrias utilizam gás natural, que provoca menor impacto no meio ambiente.
 
A reutilização do vidro é preferível à sua reciclagem, as garrafas são extensamente reutilizadas em muitos países europeus e no Brasil, na Dinamarca, 98% das garrafas são reutilizadas e 98% destas retornam para os consumidores, porém, estes hábitos são incentivados pelo governo, e quando não reciclado se descartado no ambiente não o polui, uma vez que seu material é inerte (não se degrada, não se desfaz), mas se considerado o volume nos aterros sanitários, temos que concordar que o vidro é o campeão em entulhos, até por que não pode ser compactado como o papel, se feito isso se transforma em perigosos cacos cortantes.
 
 
Processo de reciclagem 


O vidro é separado por tipos e cores, após isso recebe uma lavagem para retirar a sujeira impregnada no vidro, e cuja água usada depois é tratada e recuperada para evitar desperdício e contaminação dos recursos hídricos, e em seguida vêem a catação de impurezas: o material passa por uma esteira, onde se retiram impurezas como metais, pedras, plásticos e até mesmo vidros indesejáveis, posteriormente, esse processo pode ser melhorado ao se passar o material por um eletroímã, que separa metais que podem ser contaminantes, ai vêem o  pensamento e enfardamento, onde o vidro é então triturado, transformando-se em cacos de vidro homogêneos, e a fusão onde os cacos são então aquecidos e fundidos a uma temperatura acima de 1300 °C e a etapa “final” o  recozimento e acabamento enfim, o vidro pode ser moldado e utilizado na composição de novas embalagens que serão passadas novamente para as indústrias e para o consumidor.
 
 
 
 
 
Reciclagem dos Metais
 
 
 
 
O metal é um dos produtos mais utilizados nas tarefas do dia-a-dia, encontramos embalagens de metais, fios e outros produtos metálicos em diversos produtos, ao ser descartado por pessoas e empresas, pode passar por um processo de reciclagem que garante seu reaproveitamento na produção do metal reciclado que tem praticamente todas as características do metal comum, ele pode ser reciclado muitas vezes sem perder suas características e qualidade, com exemplo temos o alumínio que pode ser usado sem limites e o aço após ser reciclado volta para a cadeia produtiva para ser transformado em latas e peças automotivas.
 
A reciclagem do metal é de extrema importância para o meio ambiente, pois
quando reciclamos o metal ou compramos metal reciclado estamos contribuindo com o meio ambiente, pois a mineração e o descarte deste tipo de material provocam problemas ambientais diversos, fazendo com que a reciclagem seja uma alternativa viável para contornar esta questão, pois este material deixa de ir para os aterros sanitários ou para a natureza (rios, lagos, solo, matas), e não podemos esquecer também, que a reciclagem de metal gera renda para milhares de pessoas no Brasil que atuam, principalmente, em cooperativas de catadores e recicladores de metal e outros materiais reciclados já que o metal tem um alto valor para a reciclagem, e por ter esse valor basicamente 100% das latas de alumínio passam por processo de reciclagem, dando ao Brasil o título de maior reciclador deste, em todo o mundo; embora este sucesso esteja intimamente relacionado às condições precárias de vida às quais muitos indivíduos estão sujeitos, tendo a reciclagem como sua principal fonte de renda. 
 
 
 
 
Tipos de metais recicláveis
  • Latas de alumínio (refrigerante, cerveja, etc) e aço (latas de sardinha, molhos, óleo, etc.
  • Arames, pregos, parafusos
  • Fios de metal
  • Tampas de metal
  • Tubos de pasta
  • Panelas sem cabo
  • Arames
  • Chapas de metal
  • Objetos de alumínio (janelas, portas, portões, etc)
  • Fios e objetos de cobre;
  • Ferragens
  • Canos de metal
  • Molduras de quadros
  • Tampinhas de garrafa
  • Tampas metálicas de potes de iogurtes, margarinas, queijos, etc
  • Papel alumínio
 
 
Tipos de metais não recicláveis
  • Esponjas de aço
  • Ferramentas
  • Eletrodomésticos
  • Talheres ou panelas
  • Latas de Tinta e Inseticidas e etc.
 
 
Geralmente os metais ferrosos são direcionados para as usinas de fundição, onde a sucata é colocada em fornos elétricos ou a oxigênio, aquecidos a 1.550 graus centígrados e após atingir o ponto de fusão e chegar ao estado líquido, o material é moldado em tarugos e placas metálicas, que serão cortados na forma de chapas de aço.       A sucata demora somente um dia para ser reprocessada e transformada novamente em lâminas de aço usadas por vários setores industriais.
Pode-se concluir que os benefícios da reciclagem de metais são a economia de minérios, economia de energia,economia de água, aumento da vida útil dos lixões, diminuição das áreas degradadas pela extração do minério, diminuição da poluição, geração de empregos e recursos econômicos para os intermediários.
 
 
Reciclagem do Plástico
 
 
 
 
 
Plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias moleculares chamadas polímeros, que, por sua vez, são formadas por moléculas menores, chamadas monômeros, e os plásticos são produzidos através de um processo químico chamado polimerização, que proporciona a união química de monômeros para formar polímeros.
 
reciclagem de plástico consiste no processo de reciclagem de artefatos fabricados a partir de resinas (polímeros), geralmente sintéticas e derivadas do petróleo ela é de extrema importância para o meio ambiente, pois quando reciclamos o plástico ou compramos plástico reciclado estamos contribuindo com o meio ambiente, pois este material deixa de ir para os aterros sanitários ou para a natureza, poluindo rios, lagos, solo e matas, e a reciclagem de plástico gera renda para milhares de pessoas no Brasil que atuam, principalmente, em empresas e cooperativas de catadores e recicladores de materiais reciclados. 
 
O lixo brasileiro contém de 5 a 10% de plásticos, conforme o local, são materiais que, como o vidro, ocupam um considerável espaço no meio ambiente, o ideal é serem recuperados e reciclados, o plástico é derivados do petróleo, produto importado (60% do total no Brasil, e do total de plásticos produzidos no Brasil, só reciclamos 15%, um dos empecilhos para isso é a grande variedade de tipos de plásticos.
 
A fabricação de plástico reciclado economiza 70% de energia, considerando todo o processo desde a exploração da matéria-prima primária até a formação do produto final. Além disso, se o produto descartado permanecesse no meio ambiente, poderia estar causando maior poluição, isso pode ser entendido como uma alternativa para as oscilações do mercado abastecedor e também como preservação dos recursos naturais, o que podendo reduzir, inclusive, os custos das matérias primas, o plástico reciclado tem infinitas aplicações, tanto nos mercados tradicionais das resinas virgens, quanto em novos mercados

 
 
 
 
 
Os plásticos recicláveis são: potes de todos os tipos, sacos de supermercados, embalagens para alimentos, vasilhas, recipientes e artigos domésticos, tubulações e garrafas de PET, que convertida em grânulos é usada para a fabricação de cordas, fios de costura, cerdas de vassouras e escovas.
 
Os não recicláveis são: cabos de panela, botões de rádio, pratos, canetas, bijuterias, espuma, embalagens a vácuo, fraldas descartáveis.


 
Reciclagem primária ou pré-consumo
 
É a conversão de resíduos plásticos por tecnologia convencionais de processamento em produtos com características de desempenho equivalentes às daqueles produtos fabricados a partir de resinas virgens ou seja é  feita com plásticos de resíduos industriais, livres de sujeira ou contaminação
 
Reciclagem secundária ou pós-consumo
 
É a conversão de resíduos plásticos de lixo por um processo ou por uma combinação de operações, os materiais que se inserem nessa classe provêm de lixões, sistema de coleta seletiva, sucatas, (são mais de 40 tipos diferentes) e etc. são constituídos pelos mais diferentes tipos de material e resina, o
que exige uma boa preparação, para poderem ser aproveitados.
 
Reciclagem terciária
 
É a transformação de resíduos plásticos em produtos químicos e combustíveis, óleos combustivéis, por processos termoquímicos (pirólise, quimólise, conversão catálica). Por esses processos, os materiais plásticos são convertidos em matérias-primas que podem originar novamente as resinas virgens ou outras substâncias interessantes para a indústria, como gases e óleos combustíveis.
 
Reciclagem Quaternária
 
Por inceneração, obtendo-se dióxido de carbono, água e calor.
 

Separação

Os diferentes tipos de plásticos são separados antes de serem reciclados e esse processo é feito através das densidades destes.
§  Polipropileno 0,90 – 0,915
§  Polietileno de Baixa Densidade 0,910 - 0,930
§  Polietileno de Alta Densidade 0,940 - 0,960
§  Nylon 1,13 – 1,15
§  Acrílico 1,17 – 1,20
§  Poli (cloreto de vinila) 1,220 - 1,300
§  Poli (tereflalato de etileno) 1,220 - 1,400
Processo de reciclagem :
O processo tem início com o recebimento da matéria prima, que vem de associações de catadores, empresas de coleta seletiva ou sucateiros e as empresas normalmente preferem adquirir o material compactado, enfardado e em toneladas, e em seguida é feita uma triagem do material, onde os plásticos são separados por tipos, e cada tipo pode sofrer uma nova seleção, o PET, por exemplo, separado por cor, alcança um maior valor, a triagem é importantíssima para começar a revalorizar o material, então o plástico passa por um moinho de facas, onde é moído, ocorre a lavagem e secagem do material, e apenas moídos, os plásticos já podem ser vendidos, para agregar mais valor, os plásticos podem seguir para um aglutinador, que aquece e resfria o plástico, dando densidade suficiente para entrar na estrutura, que funde, homogeneíza o material e o transforma em tiras, conhecidas como “spaghetti”, e por fim, o spaghetti resfriado, picotado e ensacado pode ser encaminhado para fábricas de artefatos plásticos. 
 
 
 
 
TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DOS MATERIAIS NA NATUREZA
 
 
 
 
MATERIAL TEMPO
TEMPO
Lata de alumínio
Mais de mil anos
Papel
Três meses a vários anos
Restos orgânicos
Dois meses a doze meses
Chiclete
Cinco anos
Lata de aço
Dez anos
Plástico
Mais de cem anos
Madeira
Seis meses
Vidro
Mais de dez mil anos
Cigarro
Mais de três meses
 
 
 
Bibliografia
 
 


 
 
 
 
 

 

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